"Nenhum poder é eterno": Presidente da República discursa na Assembleia Geral da ONU
80.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU arrancou esta terça-feira em Nova Iorque.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça feira que "nenhum poder é eterno" e defende que não há paz "sem desenvolvimento". Marcelo participou no debate de alto-nível da 80.ª sessão da Assembleia-Geral da ONU, que arrancou esta terça-feira em Nova Iorque.
"Não pode haver indiferença nas guerras mundiais", defendeu o presidente, dando como exemplo a guerra no Médio Oriente sublinhando a importância do cessar-fogo. "Israelitas e Palestinos devem viver e não morrer", disse.
No caso do conflito na Ucrânia, o Presidente da República defendeu que é preciso reforço da mediação.
O chefe de Estado falou em português e em inglês sobre a candidatura portuguesa a um dos lugares no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a eleger em 2026, aos quais a Alemanha e a Áustria também apresentaram candidaturas.
"Estamos disponíveis para assumir responsabilidades acrescidas como uma voz global no Conselho de Segurança, com a experiência de um historial de serviço, com as lições aprendidas nas últimas décadas, com a proximidade a todos os Estados aqui representados, sem discriminações", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República prometeu esta terça-feira, perante a Assembleia Geral da ONU, que Portugal será "uma voz global" e "sem agendas escondidas" se for eleito para um lugar de membro não-permanente no Conselho de Segurança em 2027-2028.
Durante a sua intervenção, Marcelo direcionou-se ainda a António Guterres e revelou o "orgulho de ter um português como secretário-geral da ONU".
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