"Trio dos horrores": André Ventura critica eventual acordo entre Pedro Nuno, Paulo Raimundo e Mariana Mortágua
Presidente do Chega confirma que a deputada Rita Matias é a mandatária nacional para as eleições legislativas.
André Ventura discursou este sábado na VI Convenção Nacional do Chega no dia em que é reeleito presidente do partido e confirmou que a deputada Rita Matias é a mandatária nacional para as eleições legislativas.
"O nosso congresso é muito maior do que o do PS", começou por declarar, apesar de o Chega contar com mil delegados (entre 750 eleitos e inerências), menos 400 que os socialistas eleitos para a reunião magna do último fim de semana.
O político destacou o papel do Chega nas duas regiões autónomas. "Acabámos com a maioria absoluta do PSD na Madeira", destacou. Quanto à atual legislatura, André Ventura lembrou que o Chega é "o partido que mais propostas apresentou", apesar do bloqueio do PS no Parlamento.
A primeira promessa para a próxima legislatura é o restabelecimento da "equiparação do subsídio de missão entre as forças de segurança". Para André Ventura, atualmente os elementos da PSP e da GNR "arriscam a vida sem o apoio do Estado". Outra promessa é de não haver "nenhum idoso com pensão abaixo do salário mínimo em Portugal" caso forme Governo. "O País não pode ter pensões de 200 e 300 euros", vincou. O presidente do Chega avisou ainda que pretende usar verbas destinadas à promoção da igualdade de género para criar um "fundo de apoio para as forças de segurança, a justiça e os antigos combatentes".A propósito do tema da imigração, esclareceu a posição do partido: "Defendemos uma imigração legal, justa e regulada". Para o ilustrar, explicou que "nenhuma casa se mantém com as portas e janelas abertas". Cabe aos imigrantes "respeitar os nossos costumes", frisou.
Sobre o acordo de incidência parlamentar travado entre o PS, o BE e o PCP durante os governos minoritários de António Costa, André Ventura disse que os atuais líderes dos partidos formam um "trio dos horrores", em alusão a um filme. "A Mariana Mortágua [coordenadora do BE] provavelmente vai acumular o salário de ministra com o de deputada", ironizou. Já Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, "quer voltar ao PREC" e vive "no País de 1974", data da revolução de Abril.
Nas eleições legislativas de 10 de março, a escolha dos portugueses é "entre o Chega e o PS", afiançou, dada a ausência de "força" do PSD. Os sociais-democratas "deixaram o país sem alternativa" e o País "pede" essa alternativa ao Chega, argumentou.
André Ventura manifestou satisfação com a votação do Chega entre os jovens. "Os jovens são a nossa prioridade e o regresso deles o nosso desígnio", aproveitou para enfatizar. "Não quero governar para as próximas eleições. Quero governar para as próximas gerações", rematou.
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