Chega quer usar as verbas para criar "um fundo de apoio" às forças de segurança e aos ex-combatentes.
O presidente do Chega, André Ventura, prometeu este sábado que, se chegar ao governo, cortará todos os subsídios das associações que promovam "ideologias de género e a igualdade de género".
No seu primeiro discurso na VI Convenção Nacional do Chega, que decorre até domingo em Viana do Castelo, Ventura voltou a radicalizar e a eleger como alvo as associações de promoção da igualdade de género, granjeando um apoio de uma plateia que o aplaudiu de pé.
"Eu garanto-vos uma coisa, aquele dinheiro todo que damos para as ideologias de género e para promover a igualdade de género [...], vou pegar nesses milhões todos e vou dizer às associações: 'esqueçam, não vão receber um tostão'", declarou, admitindo que as suas afirmações podem ser consideradas polémicas.
O presidente do Chega alegou estar em causa cerca de 400 milhões de euros e prometeu usar esse valor, caso venha a ter responsabilidades governativas, na criação de "um fundo de apoio" às forças de segurança e aos ex-combatentes.
Depois de ao longo da história do partido ter criticado a imigração, a população cigana, a subsidiodependência, André Ventura juntou este sábado ao seu discurso as questões da ideologia de género, que foi levada por alguns dirigentes à reunião de Viana do Castelo, quando abordaram a questão das casas de banho mistas.
Apesar de nos últimos tempos ter tentado transmitir uma imagem de moderação do discurso, e de ter mesmo dito na sexta-feira que "o Chega tem que deixar de ser o partido que seja a voz do protesto", o presidente do partido voltou a abordar temas polémicos.
No primeiro discurso perante a reunião magna, Ventura voltou a criticar o financiamento de 34 milhões de euros para a reabilitação e apetrechamento da Fortaleza de São Francisco do Penedo, em Angola, para instalação de um museu.
O recandidato considerou estar em causa "glorificar a história do combate colonial contra soldados portugueses e famílias portuguesas" e comprometeu-se a, se integrar o próximo governo, "no primeiro dia impedir imediatamente esta transferência".
"São uns traidores, porque aqueles que põem dinheiro a quem matou portugueses e sangue português não tem outro nome senão serem traidores à nossa história, à nossa memória e à nossa pátria", criticou.
André Ventura alegou ainda que esta convenção é "muito maior" do que o congresso do PS, apesar de o Chega contar com mil delegados (entre 750 eleitos e inerências) e os socialistas terem elegido para a reunião magna do último fim de semana 1.400.
O segundo dia de trabalhos da VI Convenção Nacional do Chega arrancou pelas 10h30, com a apresentação de algumas moções temáticas, a que se seguiu o discurso de André Ventura, que durou mais de 40 minutos, apesar de o programa prever 10 minutos.
Após a intervenção do líder os trabalhos foram suspensos para almoço, devendo retomar mais de duas horas depois, pelas 14h30.
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