"O país que hoje somos deve-lhe muito": Aguiar-Branco lamenta morte de Francisco Pinto Balsemão
Governo decretou luto nacional para esta quarta-feira e quinta-feira, dias em que decorrem as cerimónias fúnebres de Pinto Balsemão.
O presidente da Assembleia da República considera que Portugal tal como é no presente deve muito a Francisco Pinto Balsemão e que o antigo primeiro-ministro se bateu sempre por um país livre, moderno, democrático e europeu.
Esta posição foi publicada por José Pedro Aguiar-Branco nas suas contas oficiais em redes sociais e deveria ter sido transmitida aos deputados na abertura da sessão plenária desta quarta-feira, que, entretanto, foi cancelada.
O presidente da Assembleia da República entende que na terça-feira "Portugal perdeu um dos seus maiores" com a morte de Francisco Pinto Balsemão, que faleceu aos 88 anos.
"Francisco Pinto Balsemão sabia o que queria: um país livre, moderno, democrático, europeu. E tudo o que fez, foi para alcançar esses objetivos. Um homem que teve tudo, que foi quase tudo o que se pode ser em democracia, mas que nunca se resignou, nunca deixou de inovar e de arriscar", sustenta na sua mensagem.
Para José Pedro Aguiar-Branco, o país que hoje é Portugal "deve muito a Francisco Pinto Balsemão".
"E se hoje aqui estamos, também a ele o devemos", salienta.
O presidente da Assembleia da República assinala ainda que, nos próximos dias, se irá falar das "diferentes dimensões da sua vida: o jornalista, o empresário, o político. Mas o que mais importa sublinhar, neste dia, é quanto todas estas dimensões estavam unidas".
O Governo decretou luto nacional para esta quarta-feira e quinta-feira, dias em que decorrem as cerimónias fúnebres de Pinto Balsemão.
Francisco Pinto Balsemão, antigo líder do PSD, ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC, morreu na terça-feira aos 88 anos.
Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi até à sua morte membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.
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