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Morreu Francisco Pinto Balsemão

Antigo primeiro-ministro, fundador da SIC e do Expresso morreu de "causas naturais" aos 88 anos.

21 de outubro de 2025 às 22:38

Francisco Pinto Balsemão morreu esta terça-feira. O antigo primeiro-ministro, fundador da SIC e do Expresso tinha 88 anos. 

Em comunicado, a Impresa, grupo de comunicação social que fundou, informou que Francisco Pinto Balsemão morreu "de causas naturais" e que "os seus últimos momentos foram acompanhados pela família".

É uma das figuras centrais e marcantes da política portuguesa e da comunicação social em Portugal. Francisco Pinto Balsemão foi deputado independente à Assembleia Nacional, representando a Ala Liberal, formada por políticos adeptos de uma liberalização do regime e dos quais faziam ainda parte, entre outros, Francisco Sá Carneiro ou Mota Amaral. A 6 de maio de 1974, fundou precisamente com Sá Carneiro e Joaquim Magalhães Mota, o Partido Popular Democrata (PPD), tendo sido o militante número 1.

Francisco Pinto Balsemão foi primeiro-ministro entre 1981 e 1983, sucedendo a Francisco Sá Carneiro, após o acidente de Camarate. O político assumiu uma agenda reformista que ficou marcada pela aprovação da histórica revisão constitucional de 1982.

Em 1963, com 25 anos, Francisco Pinto Balsemão chegou ao lugar de secretário de redação (que até à data não existia) do jornal 'Diário Popular' fazendo a ligação entre o diretor e a redação. A sua chegada foi "vista com desconfiança" por ser sobrinho e filho de acionistas importantes da sociedade industrial de imprensa ("tinhas as costas protegidas", reconhecia), mas depressa conquistou a redação. 

Fundador do Expresso, teve o apoio, em todo o processo, de Francisco Sá Carneiro que, segundo chegou a dizer, "acompanhou as dores de parto do nascimento" do jornal. "Ouvia-me, dava-me conselhos e tentava apaziguar asminhas inquietações”. Contudo, chegou a considera que os primeiros anos do projeto não foram fáceis. O próprio nome de 'Expresso' não agradou a amigos e conhecidos de Francisco Balsemão e nem sequer à equipa contratada para o projeto. Foi inclusive feito um estudo de mercado, cujos "resultados não foram bons", "porque a maioriados inquiridosassociava a palavra a... comboio".

Para além do 'Expresso', a Impresa detém ou deteve ainda, por exemplo, a versão portuguesa do jornal Courrier Internacional, o jornal Blitz, Jornal de Letras, e as revistas Visão, Exame, Exame Informática, Caras, Activa, TV Mais, Telenovelas ou Caras Decoração.

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