Advogados de Sócrates afirmam que acusação “é um conjunto de ilações falsas”
Ministério Público acusa antigo primeiro-ministro de 31 crimes.
João Araújo e Pedro Delille, advogados de José Sócrates, deram, na noite desta quarta-feira, uma conferência de imprensa, sobre a acusação apresentada hoje, pelo Ministério Público, na qual, o antigo primeiro-ministro é acusado de ter cometido 31 crimes.
De acordo com a defesa do engenheiro a acusação "é um conjunto de ilações falsas" e a prisão preventiva do antigo ex-primeiro-ministro "serviu apenas para investigar".
Os advogados vão ainda mais longe e dizem mesmo que esta é uma "acusação oca" e acusam o Ministério Público de querer dificultar a defesa.
Durante a conferência de imprensa, João Araújo e Pedro Delille garantiram que José Sócrates recebeu a acusação mas que ainda não foram notificados, pelo que ainda não foi decidido se vão avançar com a abertura da instrução do processo.
"O Ministério Público tratou de reescrever a história, responsabilizando José Sócrates. A partir de hoje fica fixada a versão do Ministério Público e não poderá ser ajustada a narrativa", acrescentou.
Defesa de Sócrates insiste no afastamento do juiz Carlos Alexandre do processo
A defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates disse esta quarta-feira que insiste no afastamento do juiz Carlos Alexandre do processo "Operação Marquês", tendo apresentado na segunda-feira um novo recurso nesse sentido.
João Araújo e Pedro Delille disseram à Agência Lusa que tinham apresentado um recurso para "a não continuação do juiz neste processo", lembrando que já anteriormente tinham feito um pedido de afastamento do juiz.
Esta quarta-feira, em conferência de imprensa dos dois advogados disseram aos jornalistas que estavam convictos de que Carlos Alexandre "não pode ser juiz no processo de instrução" e que tinham apresentado um recurso no sentido de o impedir.
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