Passos: "Medida mais sensata" seria a de baixar salário mínimo
O primeiro-ministro, Passos Coelho, envolveu-se numa polémica com o líder do PS, António José Seguro, por causa do aumento do salário mínimo nacional. Perante um nível tão elevado de desemprego, "a medida mais sensata seria a oposta", declarou o governante.
O primeiro-ministro contextualizou esta declaração, lembrando que a Irlanda baixou o salário mínimo nacional, mas o Portugal não seguirá esse caminho porque o nível salarial irlandês não é comparável ao português.
"A Irlanda tinha um nível de salário mínimo por isso, presumo eu, o governo socialista não incluiu tal cláusula no memorando de entendimento e nós não também não a quisemos adotar", sublinhou Passos Coelho.
Antes, o primeiro-ministro não poupou Seguro: "Eu não preciso de fazer números a apresentar medidas a pedido do senhor deputado, nós temos vindo a tomá-las mas não confundimos a árvore com a floresta. Sabemos que o desemprego estrutural não é combatido com medidas ativas de emprego, é com reformas estruturais".
Seguro propôs o aumento do salário mínimo, atualmente nos 485 euros. A proposta do PS não contabiliza o aumento, mas o CM apurou que tem como ponto de partida que o montante poderia traduzir-se nos 15 euros, ou seja, chegar aos 500 euros/mês. Contudo, qualquer valor teria de ser acertado e definido pela concertação social.
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