PCP e PAN manifestam pesar pela morte de Pinto Balsemão e lembram marca na política e na imprensa

Secretário-geral do PCP salientou as "divergências conhecidas, claras, frontais" do PCP com Balsemão, mas reforçou que o fundador do Expresso "não deixa, naturalmente, de marcar a vida nacional".

22 de outubro de 2025 às 15:00
Francisco Pinto Balsemão Foto: David Martins/Correio da Manhã
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Os líderes do PCP e do PAN manifestaram esta quarta-feira o seu pesar pela morte de Francisco Pinto Balsemão, salientando o seu papel na política e imprensa do país, apesar das divergências ideológicas.

Numa breve declaração aos jornalistas na Assembleia da República, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, endereçou os seus sentimentos ao PSD e à família do antigo primeiro-ministro, lembrando Francisco Pinto Balsemão como "um homem que marcou" o cenário político e partidário e o setor da imprensa no país.

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Raimundo salientou as "divergências conhecidas, claras, frontais" do PCP com Balsemão, mas reforçou que o fundador do Expresso "não deixa, naturalmente, de marcar a vida nacional".

Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, sublinhou, também no parlamento, o seu papel na fundação da democracia e no jornalismo nacional, realçando a "a vanguarda e a visão" dos projetos que desenvolveu.

Sousa Real afirmou que apesar das "muitas diferenças ideológicas" entre o PAN e o PSD, a "social-democracia que Pinto Balsemão defendia era uma social-democracia que precisa de estar mais próximas das suas raízes fundacionais".

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"Esperamos que o seu legado seja perpetuado, seja na capacidade de fazer pontes de diálogo que promoveu fazer ao longo da vida, seja no respeito pela liberdade de imprensa e no jornalismo livre, seja também no robustecimento dos diferentes canais da televisão e dos diferentes meios de comunicação social, um legado absolutamente distinto que nos deixa a todos nós", acrescentou.

Francisco Pinto Balsemão, antigo líder do PSD, ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC, morreu na terça-feira aos 88 anos.

Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.

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Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi até à sua morte membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.

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