PCP quer aumentar reformas e remunerações de militares e forças de segurança
Bancada do PCP refere que o estatuto da polícia prevê "a atribuição de suplementos remuneratórios em função da especialização".
O PCP entregou esta quinta-feira três projetos para criar um suplemento destinado aos agentes da unidade nacional de estrangeiros e fronteiras da PSP e para atribuir complementos de reforma para militares e profissionais de forças de segurança.
Em relação aos agentes da unidade de estrangeiros e fronteiras (UNEF) da PSP, a bancada do PCP refere que o estatuto da polícia prevê "a atribuição de suplementos remuneratórios em função da especialização, exigência e desgaste associados a determinados serviços".
"Tendo em conta que esta regulamentação carece de execução há dez anos e que os suplementos não são revistos de forma integral desde 2009, o PCP entende que, no imediato, o suplemento especial de serviço por funções operacionais na UNEF da PSP deve ser criado e indexado ao valor do suplemento especial de serviço por funções operacionais de investigação criminal, fixado em 149,33 euros", defende-se no diploma.
De acordo com o projeto do PCP, posteriormente, o Governo deve "dar inicio a um processo de revisão dos suplementos remuneratórios dos profissionais da PSP, em negociação com as respetivas estruturas sindicais".
Já em relação à revisão do complemento de reforma para os profissionais das Forças Armadas, a bancada comunista alega que é preciso "corrigir injustiças" no que respeita "ao pessoal militar e militarizado" em matéria de cálculo das respetivas pensões de reforma.
"Aos militares e militarizados (...), abrangidos pelo regime de convergência e pelo regime geral, é atribuído um complemento de pensão que corresponde à diferença entre o valor da pensão e 90% do valor da última remuneração na reserva. Sempre que ocorram alterações à tabela remuneratória, o complemento de pensão é atualizado em função do posto, posição remuneratória e nível correspondentes ao que o militar ocupava aquando da passagem à reserva", lê-se neste projeto do PCP.
O PCP entregou ainda um projeto para a revisão do complemento de pensão destinado ao pessoal com funções policiais da PSP, do pessoal da carreira de investigação criminal, da carreira de segurança e dos especialistas de polícia científica, com funções de inspeção e identificação judiciária da PJ e do pessoal do Corpo de Guarda Prisional.
A bancada comunista considera que, também no caso destes profissionais de serviços e forças de segurança, é preciso "corrigir injustiças no cálculo das respetivas pensões de reforma".
Para estes trabalhadores, o PCP também defende que seja atribuído "um complemento de pensão que corresponde à diferença entre o valor da pensão e 90% do valor da última remuneração na pré-aposentação ou disponibilidade".
Neste diploma, o PCP assinala que "atualmente vigoram múltiplas fórmulas possíveis de cálculo de pensões para os trabalhadores das forças e serviços de segurança".
"Não podendo ser aceitável tamanha desigualdade de tratamento, também não o é a possibilidade de um corte de cerca de metade do valor da pensão em relação ao vencimento no ativo. É necessário homogeneizar o valor da pensão, nivelando por cima, e não por baixo, garantindo justiça, dignidade e segurança para quem trabalhou uma vida inteira ao serviço do país", sustenta-se no diploma da bancada comunista.
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