Pedro Nuno Santos assume "todas as responsabilidades" sobre a TAP mas desconhece se acumulação de cargos da ex-CEO é "ilegal"

Socialista diz que "o contrato foi feito com equipas jurídicas das duas partes".

19 de janeiro de 2024 às 11:20
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Pedro Nuno Santos assumiu "todas as responsabilidades em relação à TAP", em declarações proferidas esta sexta-feira durante uma visita a um centro de engenharia em Matosinhos. 

"Eu assumo todas as responsabilidades no que diz respeito à TAP (...) Aquilo que verdadeiramente interessa do ponto de vista da responsabilização política é que eu assumo a responsabilidade política, enquanto ministro, de tudo o que se fez na TAP e é isso que é verdadeiramente importante", afirmou o socialista.

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Em 2021, aquando do ingresso nos quadros da TAP, Christine Ourmières-Widener informou que era administradora em duas empresas, na ZerAvia e na Met Office. Em resposta à notícia avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios, Pedro Nuno Santos explicou que "o contrato foi feito com equipas jurídicas das duas partes" e remeteu para a condição de ministro das Infraestruturas à altura. "Não sou jurista ou advogado", vincou, razão pela qual desconhece "se a acumulação de cargos é ilegal".

O socialista apontou os méritos da decisão do Governo de intervencionar a empresa "em bom tempo", dado o "prejuízo brutal" em que a companhia aérea incorreria em caso de encerramento. "Uma empresa que estava falida hoje dá lucro", sublinhou.

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Apesar da insistência dos jornalistas sobre o contrato de Christine Ourmières-Widener, o socialista afirmou que a TAP vai ser usada ao longo da campanha para as eleições legislativas de 10 de março, considerando, porém, que o mais relevante é que uma empresa que dava prejuízo e que estava falida passou a ser saudável e a dar lucro.

A ex-presidente executiva da TAP foi exonerada por justa causa, em abril de 2023, no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros à antiga administradora Alexandra Reis, que levou à demissão do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado Hugo Mendes, e à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.

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