Portugal abre embaixada no Vietname e reforça representação na União Africana

Paulo Rangel indicou que o Governo está a avaliar a reabertura da representação diplomática nas Filipinas e a abertura de um "escritório consular ou mesmo consulado" no Nepal.

05 de novembro de 2025 às 17:18
Portugal bandeira Foto: DR
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O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, anunciou esta quarta-feira no parlamento que a embaixada portuguesa no Vietname vai "abrir agora", enquanto a representação portuguesa junto da União Africana será reforçada.

"A nível de diplomacia bilateral, estamos claramente a reforçar", anunciou o chefe da diplomacia, no arranque de uma audição conjunta, sobre o Orçamento do Estado de 2026 (OE2026), das comissões parlamentares de Orçamento, Finanças e Administração Pública, dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Europeus.

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"Vamos abrir agora a embaixada no Vietname, já temos o 'agrément' para o novo embaixador e estamos a tratar das instalações", adiantou.

Paulo Rangel indicou que o Governo está a avaliar a reabertura da representação diplomática nas Filipinas e a abertura de um "escritório consular ou mesmo consulado" no Nepal.

Além disso, Portugal vai reforçar a presença junto da União Africana (UA), organização pan-africana com sede na capital da Etiópia.

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"Pela primeira vez, o nosso embaixador em Adis Abeba será um embaixador 'full rank', de topo de carreira", salientou Rangel, que adiantou que o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) vai "reforçar o pessoal" na UA.

"África é hoje um continente onde há riscos enormes, merece uma atenção muito, muito especial", referiu, acrescentando que África é "o parceiro preferencial da Europa" e é, para Portugal, "um parceiro irmão, que vai além do simples cálculo diplomático".

Sobre a Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), foi questionado pelo deputado Diogo Pacheco Amorim (Chega) sobre quais os "gastos sem qualquer contrapartida mensurável com países CPLP".

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Paulo Rangel foi perentório: "Claro que vamos continuar a ter relação privilegiada com a CPLP".

"Não olho para isto como ganhos e perdas. Os ganhos nesta matéria não se medem por contrapartidas", declarou.

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