Esta sexta-feira foi substituída a placa de "representação diplomática" pela de "embaixada", numa cerimónia com a presença de vários embaixadores e diplomatas.
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A embaixadora da Palestina em Portugal agradeceu esta sexta-feira ao Governo e ao povo portugueses pelo reconhecimento do seu Estado, no final de uma cerimónia na qual substituiu a placa de "representação diplomática" pela de "embaixada".
A cerimónia, que contou com a presença de vários embaixadores e diplomatas e com membros e apoiantes da comunidade palestiniana em Portugal, realizou-se esta sexta-feira na embaixada da Palestina em Lisboa, na sequência do reconhecimento por Portugal do Estado palestiniano, assumido formalmente nas Nações Unidas a 21 de setembro.
"Agradecemos ao Governo português este reconhecimento histórico, algo que recordaremos e celebraremos sempre com orgulho, alegria, gratidão e apreço", afirmou a embaixadora, Rawan Sulaiman, à margem da cerimónia.
"Agradeço também ao povo português, que continua a receber-me com tanta cordialidade. Agradeço-lhes o apoio, a solidariedade, por acreditarem no direito do meu povo a viver com dignidade e liberdade, sem ocupação, sem genocídio, sem 'apartheid' e sem colonatos forçados", acrescentou.
Assumindo estar "muito feliz e orgulhosa" por representar o Estado da Palestina em Portugal, Rawan Sulaiman, sublinhou que o "momento histórico" não significa o início de novas relações, mas sim "um novo capítulo".
"Temos desfrutado de belas relações com Portugal desde os anos 1980. A nossa bandeira tem sido hasteada em Lisboa desde há muitos anos", garantiu, adiantando que a iniciativa via apenas "marcar um novo capítulo nas relações, com a mudança que isso acarreta".
Essas relações serão a partir de agora "de Estado para Estado", lembrou.
A embaixadora referiu ainda que, apesar "da dor, da perda e da devastação, da situação devastadora no [seu] país", se sente grata por viver o momento.
"Há sempre espaço e oportunidade para sermos felizes e estarmos orgulhosos", concluiu.
O reconhecimento por Portugal do Estado da Palestina aconteceu numa semana em que a mesma decisão foi formalizada por nove outros países, numa conferência de alto nível sobre a solução de dois Estados (Israel e Palestina) na região, à margem da Assembleia-Geral da ONU.
Além de Portugal, também a França, Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino reconheceram a Palestina.
A decisão de Portugal foi aplaudida pelo presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, que a considerou "um passo importante e necessário" para alcançar "uma paz justa e duradoura, baseada na legitimidade internacional", enquanto a embaixadora em Lisboa a definiu como "uma mensagem clara" enviada ao Governo israelita sobre os direitos dos palestinianos.
Pelo seu lado, o embaixador de Israel em Lisboa, Oren Rozenblat, rejeitou o "reconhecimento unilateral" português do Estado da Palestina, que considerou uma "declaração equivocada" que "prejudica qualquer perspetiva de paz e serve apenas para recompensar o terrorismo".
A existência oficial de uma embaixada só pode acontecer quando o país anfitrião reconhece o representado como Estado soberano e o seu líder como embaixador e representante oficial dos interesses do país de origem.
O embaixador tem a capacidade de negociar acordos, e manter relações diplomáticas e institucionais, sendo que a embaixada é considerada território do país de origem (neste caso, da Palestina), operando sob as leis desse país.
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