Presidente da República já tem alta. Vai sair do hospital dentro de 1h
Presidente esteve internado para recuperar de uma operação de urgência a uma hérnia encarcerada e de ter passado pelos cuidados intensivos na noite de segunda-feira.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teve alta esta quarta-feira depois de ter estado internado no Hospital de São João, no Porto, para recuperar de uma operação de urgência a uma hérnia encarcerada e de ter passado pelos cuidados intensivos na noite de segunda-feira. O anúncio foi feito pela presidente do conselho de administração do Hospital, que referiu que Marcelo iria ainda fazer uma refeição antes de sair do hospital.
A alta foi dado depois de o ponto de situação feito aos jornalistas na manhã desta quarta-feira, onde o chefe da Casa Civil da presidência apontou que Marcelo estava "com vontade de sair [do hospital] o mais depressa possível" e que seria acompanhado por uma equipa médica em permanência em Belém.
O Chefe de Estado teve de ser submetido a uma cirurgia de urgência depois de ter dado entrada no hospital com uma indisposição. O médico da Presidência, Daniel de Matos, já tinha revelado que Marcelo já tinha andado pelos corredores do hospital, tendo até tirado selfies e falado com os restantes utentes. Após a cirurgia, Marcelo promulgou ainda um diploma do Governo que altera o Código dos Regimes Contributivos da Segurança Social e fez uma nota para o site da Presidência sobre a morte de Constança Cunha e Sá.
A situação obrigou o Presidente da República a cancelar as visitas a Espanha, que decorreria de 10 a 12 de dezembro, e ao Vaticano, marcada para 14 e 15 de dezembro. As datas para o reagendamento das deslocações estão a ser preparadas, de acordo com o revelado pelo chefe da Casa Civil da presidência.
Pelo hospital passaram o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, assim como o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro.
Numa entrevista à CMTV, o médico Rui Nogueira explica que uma hérnia encarcerada ocorre quando uma parte de um órgão, geralmente o intestino ultrapassa uma área da parte abdominal e fica presa, formando uma saliência visível sob a pele. Em muitos casos, pode ser empurrada de volta para o interior do abdómen, e a hérnia é considerada “redutível”. No entanto, quando o tecido fica preso nessa abertura e já não pode regressar à sua posição normal, passa a ser chamada de hérnia encarcerada.
Esta situação é considerada perigosa uma vez que pode evoluir rapidamente para uma hérnia estrangulada, que acontece quando o fluxo sanguíneo para o órgão preso é interrompido. Sem oxigénio e nutrientes, o tecido pode morrer (necrose) e deve ser retirado de imediato através de uma intervenção cirúrgica.
As causas desta condição estão normalmente associadas ao enfraquecimento da musculatura abdominal e ao aumento da pressão dentro do abdómen. Entre os principais fatores de risco encontram-se o levantamento de pesos excessivos, a tosse crónica, a prisão de ventre persistente, a obesidade, a gravidez, cirurgias abdominais prévias e o próprio envelhecimento.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt