Primeiro-ministro quer incentivos ao investimento

O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que alargará o 'Simplex' ao setor da Justiça e que dará "pleno vapor" aos incentivos ao investimento empresarial, propondo-se pagar cem milhões de euros de fundos europeus nos primeiros cem dias de funções.

António Costa deixou estas mensagens no discurso de abertura do debate do programa do XXI Governo Constitucional na Assembleia da República. O líder do executivo começou com uma crítica à situação atual do país ao nível do aproveitamento dos fundos comunitários.

De acordo com António Costa, "decorridos cerca de oito meses após o arranque do financiamento de projetos empresariais, o Portugal 2020, em todo o conjunto de programas operacionais, disponibilizou apoios a [apenas] 15 empresas ou associações empresariais".

"Foi esta a dimensão do contributo do novo ciclo de fundos europeus para o incentivo ao investimento de que tanto carece a economia portuguesa", disse, numa nota de crítica ao executivo anterior.

Perante a atual situação, António Costa considerou depois ser seu objetivo "alterar substancialmente a situação atual, tomando medidas de imediato, para que, no final dos cem primeiros dias deste Governo, sejam ultrapassados os 100 milhões de euros em pagamentos efetivos às empresas, colocando assim já o funcionamento dos sistemas de incentivos a pleno vapor".

António Costa defendeu também que o investimento empresarial depende da resolução "de um problema central: O baixo nível de autonomia financeira da generalidade das empresas, que impede o investimento com capitais próprios e o acesso ao crédito, num contexto crescentemente exigente dos ratios exigidos ao sistema bancário".