Governo considera corte de 5% no orçamento europeu "um mau começo"

Santos Silva comenta proposta de Bruxelas a financiamento comunitário para os próximos anos.

02 de maio de 2018 às 14:07
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros Foto: António Pedro Santos/Lusa
Augusto Santos Silva está a gerir dossiê com o primeiro-ministro, António Costa Foto: Pedro Catarino
Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros Foto: CMTV

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, classificou esta quarta-feira como "um mau começo" a proposta apresentada pela Comissão Europeia para o orçamento comunitário após 2020, mas prometeu uma "atitude construtiva para o processo acabar bem".

Em declarações aos jornalistas esta quarta-feira em Lisboa numa primeira reação do Governo à proposta de Bruxelas, Santos Silva disse que "Portugal terá a atitude construtiva que sempre é a sua, de forma a que, tendo começado mal, possamos acabar bem este processo".

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A Comissão Europeia propôs esta quarta-feira um orçamento plurianual para a União Europeia para o período 2021-2027 de 1,279 biliões de euros, que prevê cortes de 5% na Política de Coesão e na Política Agrícola Comum (PAC).

De acordo com o executivo comunitário, trata-se de "um orçamento pragmático", que compensa a perda de receitas decorrente do 'Brexit' com reduções das despesas e novos recursos "em proporções idênticas", mantendo a União desse modo um orçamento com valores "comparáveis à dimensão do atual orçamento de 2014-2020" tendo em conta a inflação.

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"A Comissão propõe que o financiamento da Política Agrícola Comum e da Política de Coesão seja moderadamente reduzido -- de cerca de 5% --, a fim de refletir a nova realidade de uma União a 27. Estas políticas serão modernizadas, a fim de garantir que possam continuar a produzir resultados com menos recursos e servir mesmo novas prioridades", indica o executivo liderado por Jean-Claude Juncker, relativamente àquelas que eram as grandes preocupações de Portugal.

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