PS avança com proposta para inseminação após morte

Ângela Ferreira, de 32 anos, quer engravidar do marido, falecido em 2019, vítima de cancro.

23 de fevereiro de 2020 às 10:26
Ângela Ferreira luta pelo direito de ter um filho de Hugo Ferreira Foto: Direitos Reservados
Ângela e Hugo Ferreira Foto: Facebook
Ângela e Hugo Ferreira Foto: Facebook

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O Partido Socialista (PS) vai entregar esta segunda-feira, na Assembleia da República, uma proposta para alterar a lei da Procriação Medicamente Assistida (PMA), de forma a que seja possível que uma mulher consiga engravidar com material genético de um falecido. Na prática, as alterações à lei, propostas pelo PS, visam a legalização da inseminação após a morte, embora existam, no entanto, critérios.

Ao Correio da Manhã, o vice-presidente da bancada socialista, Pedro Delgado Alves, explicou que, para que a técnica de PMA possa ser realizada, tem de existir "um projeto parental comum e uma autorização expressa por parte do dador", neste caso, falecido. A iniciativa legislativa já tinha sido apresentada, a última vez, em 2016 - ano em que foram aprovadas alterações à PMA. Acabou chumbada.

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O tema ganha agora atualidade, numa altura em que Ângela Ferreira, criou uma petição para que a lei da PMA seja alterada. Em causa está a vontade da mulher, de 32 anos, de engravidar do marido, falecido em 2019, vítima de cancro. Hugo Ferreira tinha deixado, por escrito, uma autorização para que a mulher seguisse o procedimento.

Ângela Ferreira ultrapassou as assinaturas necessárias para um debate e votação no Parlamento. "Estou muito feliz e confiante", disse a mulher ao CM

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