PS reúne esta quinta-feira Comissão Política do partido para decidir futuro após António Costa

Reunião do órgão de direção está marcada para as 21h00, depois do Conselho de Estado.

09 de novembro de 2023 às 07:06
Sede do PS Foto: Pedro Ferreira
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A Comissão Política do PS reúne-se esta quinta-feira para definir o seu caminho em caso de formação de novo Governo socialista ou de realização de eleições legislativas antecipadas, após a demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro.

Esta reunião do órgão de direção alargada dos socialistas está marcada para as 21h00, já depois do Conselho de Estado e, muito provavelmente, da comunicação ao país do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a solução para a crise política aberta com a demissão do primeiro-ministro na terça-feira.

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Na quarta-feira, o presidente do PS, Carlos César, defendeu perante o Presidente da República a nomeação de outro primeiro-ministro para chefiar um novo Governo apoiado pela atual maioria parlamentar socialista, considerando que essa "é a solução preferencial".

"Não me podem incluir nesse lote, mas o PS considera que tem soluções que pode apresentar ao senhor Presidente da República para dirigir um novo Governo", acrescentou.

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O presidente do PS transmitiu também ao Presidente da República que o processo de substituição da liderança do partido só permitiria eleições legislativas em "meados de março" e vincou a importância da aprovação da proposta de Orçamento do Estado para 2024.

"Mesmo num quadro em que o Presidente da República decida pela antecipação de eleições, é muito importante para o país ter o Orçamento do Estado aprovado. Qualquer solução dessa natureza não deve colocar em perigo a existência desse instrumento, fundamental para a capacidade do Governo e dos interesses do país", defendeu.

O presidente do PS comunicou ainda a Marcelo Rebelo de Sousa a cronologia dos procedimentos internos necessários para o partido substituir o seu secretário-geral.

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No caso de existirem eleições antecipadas", o PS indicou a Marcelo Rebelo de Sousa que estas se deveriam realizar "em meados de março" para permitir aos socialistas cumprir todos os procedimentos internos.

Na quarta-feira, em declarações à agência Lusa, o ex-dirigente socialista Francisco Assis defendeu que os mais altos responsáveis do PS devem entender-se em torno de uma nova liderança "agregadora", de unidade e "sem medo" de enfrentar eleições legislativas antecipadas.

"Nas presentes circunstâncias políticas pede-se aos mais altos responsáveis do PS que tudo façam para que haja um entendimento em torno de uma candidatura à liderança do partido. O PS não deve ter medo de enfrentar eleições antecipadas e deve unir-se em torno de uma nova liderança agregadora e combativa", sustentou Francisco Assis.

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Na mesma declaração à agência Lusa, Francisco Assis advertiu que o país vive "um tempo excecional que reclama um especial sentido de responsabilidade individual e coletiva".

"Não podemos passar a ideia de que estamos agarrados ao poder e com receio do voto popular. O PS é um grande partido democrático e tem todas as condições para enfrentar com sucesso os desafios do futuro", acrescentou.

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