"Quero retribuir ao meu País o muito que me deu": Marques Mendes apresenta candidatura às presidenciais
Antes da cerimónia, o candidato recusou-se a explicar aos jornalistas porque não convidou membros do PSD a estarem presentes.
Luís Marques Mendes, antigo líder do PSP, apresentou, esta quinta-feira, a candidatura à Presidência da República, nas eleições de janeiro de 2026, em Fafe.
Marques Mendes começou por agradecer à comunicação social por estarem presentes e à Misericórdia de Fafe pela disponibilidade para realizar a cerimónia naquele local.
"Caros portuguesas, ao longo de uma vida todos temos momentos especiais de afirmação, de decisão e de retribuição. Este hoje, é para mim um desses momentos especiais de retribuir ao meu País o muito que me deu ao longo dos anos em conhecimento em experiência e oportunidades", começou por dizer, numa explicação dos seus motivos para a candidatura.
"Fafe é a minha terra, foi aqui que tudo começou, foi aqui que me iniciei na minha vida profissional, foi também aqui que iniciei a minha vida política aos 19 anos, estive em cinco governos em quase 13 anos ", disse.
O candidato, que já foi deputado, autarca, ministro de quatro governos e líder do PSD, fez questão de destacar a sua experiência política como uma mais-valia para o cargo de Presidente da República.
"Considero que com a experiência e conhecimento, posam vir a ser úteis ao País, por isso apresento hoje formalmente a candidatura a Presidente da República". O candidato às presidenciais de 2026 disse ainda que quer ser "o presidente de todos os portugueses", sendo o seu objetivo unir Portugal.
O antigo líder parlamentar considerou que, em tempos de incerteza mundial e nacional, "com um parlamento mais polarizado, dividido e fragmentado do que nunca", exigem-se duas condições ao chefe do Estado.
"O tempo que vivemos nem aceita política sem princípios, nem recomenda política sem experiência. Não é tempo de aventuras, experimentalismos ou tiros no escuro", disse, numa altura em que as todas as sondagens colocam na frente o almirante Henrique Gouveia e Melo, antigo chefe de Estado Maior da Armada, que nunca exerceu qualquer cargo político.
Marques Mendes aproveitou o momento para revelar, também, que entregou o cartão de militante do PSD, desvinculando-se do partido, para esta candidatura. "Hoje mesmo entreguei o meu cartão de militante do PSD para reafirmar num ato simbólico a minha imparcialidade".
Antes da cerimónia, o candidato recusou-se a explicar aos jornalistas porque não convidou membros do PSD a estarem presentes.
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