Cidadãos recebem 200 euros para fazer perguntas a Costa

Equipa do primeiro-ministro avaliada por 50 pessoas pagas com ajudas de custo.

26 de novembro de 2017 às 01:30
António Costa Foto: Lusa
Sessão decorreu na reitoria da Universidade de Lisboa, em 2016, e juntou 20 pessoas que receberam ajudas de custo Foto: António Cotrim / Lusa
António Costa Foto: Lusa

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Cerca de cinquenta pessoas, de vários pontos do País, estiveram este domingo na Universidade da Aveiro a postos com perguntas na algibeira para questionar o primeiro-ministro, António Costa, sobre os dois anos de Governo. Para o efeito, recebem à volta de 200 euros pela deslocação, presença e alimentação.

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As contas são do semanário ‘Sol’ e seguem a experiência do ano passado, em que vinte pessoas confrontaram Costa na reitoria da Universidade de Lisboa sobre o primeiro ano do Executivo socialista.

O Governo fez um ajuste direto de 36 750 euros à empresa Aximage pela "aquisição de serviços de recrutamento de participantes" para a sessão de avaliação dos dois anos de governação. Jorge de Sá, da Aximage, diz que a empresa foi solicitada "para definir a amostragem e fazer o respetivo recrutamento das pessoas".

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Quanto a pagamentos, o sociólogo diz que existem sempre ajudas de custo. "Quando se responde a um inquérito pela internet também se é pago", lembrou ao CM. A escolha das perguntas estará a cargo da Universidade de Aveiro e do professor Carlos Jalali.

Antes da sessão de perguntas, António Costa reuniu o Conselho de Ministros para avaliar os dois de trabalho da equipa.

PORMENORES 

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PSD pede cancelamento

O deputado do PSD Luís Montenegro desafiou o primeiro-ministro a cancelar a sessão de perguntas feitas por cidadãos pagos, prevista para hoje, após o Conselho de Ministros extraordinário, que considerou "imoral, indigna e de uma ligeireza total".

Programa de Governo

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O gabinete do primeiro-ministro disse ao CM que a sessão pública de perguntas está inscrita no programa de Governo como forma de escrutínio das suas promessas, bem como das expectativas dos inquiridos. O estudo será depois publicado.

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