Relatório anual de segurança ferroviária de 2023 sem registo de acidentes por álcool
Sindicato acusou o ministro da Presidência de ligar sinistralidade a alegada taxa de álcool dos maquinistas.
O relatório anual de segurança ferroviária de 2023 não estabelece nenhuma ligação entre taxa de álcool nos maquinistas e os acidentes com comboios.
O documento não refere os termos “álcool” nas mais de 100 páginas, mas assinala que houve uma “redução de cerca de 20% de colhidas de pessoas”, apesar de as mortes “aumentarem 26% face ao ano anterior”.
A polémica foi lançada pelo sindicato dos maquinistas, que exigiu ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que “se retrate publicamente” por ter sido “desrespeitoso” com os profissionais, alegando que o governante fez uma ligação entre os acidentes ferroviários e o consumo de álcool pelos maquinistas.
Na quinta-feira, o ministro afirmou que “Portugal tem o segundo pior desempenho ao nível do número de acidentes por quilómetro de ferrovia” na Europa, anunciando depois a criação de “uma proibição de condução sob o efeito de álcool” para maquinistas.
Esta sexta-feira, o ministro acusou o sindicato de “decidir inventar” e que as críticas são “pura imaginação”.
Referiu, ainda, que há várias causas para os acidentes, como os suicídios, e que se decidiu tomar medidas, mas rejeitou qualquer ligação entre a causa dos acidentes e as propostas do Governo.
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