Rui Rio aponta falhas nos apoios às vítimas dos fogos
Líder do PSD visita região Centro e frisa que a Proteção Civil “falhou redondamente”.
O presidente do PSD apontou esta segunda-feira duras críticas à prestação da Proteção Civil durante os fogos de outubro e avisou o Governo que há problemas no apoio às vítimas. Rui Rio esteve ontem em Arganil, onde visitou a área ardida.
"Para mim ficou mais claro o completo falhanço da Proteção Civil nos incêndios", afirmou o líder social-democrata após encontros com as associações de vítimas e com representantes dos produtores florestais.
Rio destacou que os dois relatórios independentes – sobre o incêndio de Pedrógão Grande, em julho, e sobre os fogos de outubro – evidenciaram que "ordenamento do território não temos, a fiscalização é fraquíssima e a Proteção Civil falhou redondamente".
Como exemplo, destacou "bocas de incêndio com dimensão diferente da mangueira" e centros de saúde inoperacionais por falta de proteção.
Rio lembrou ainda que o processo de indemnização e compensação às vítimas "não tem estado a correr como devia". "Há pessoas com bastantes dificuldades económicas e empresários que não conseguem recuperar a atividade", destacou.
"Se temos uma zona desertificada e se a economia, já de si débil, não consegue recuperar, cria-se uma bola de neve", concluiu.
PORMENORES
Visita limita-se a sala
O líder do PSD juntou na reunião a Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, o Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões e a Associação de Produtores Florestais do Concelho de Arganil. Rio não saiu da sala onde foi o encontro.
Limpeza de matas
A iniciativa de Rio surge dois dias depois de 21 membros do Governo terem participado em ações de limpeza da mata. Até o primeiro-ministro envergou um motorroçadora, numa operação apelidada de "propaganda" pelo PCP e "marketing" pelo PSD.
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