Rui Rio quer que PSD seja alternativa ao PS mas com consenso

Rui Rio quer os portugueses a olhar para o PSD como alternativa aos socialistas.

27 de maio de 2019 às 01:30
Rui Rio durante o discurso de derrota nas Europeias Foto: José Coelho / Lusa
Rui Rio durante o discurso de derrota nas Europeias Foto: José Coelho / Lusa
Rui Rio durante o discurso de derrota nas Europeias Foto: José Coelho / Lusa

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Um mau resultado, mesmo sem a perda de deputados. O PSD foi um dos vencidos da noite e Rio um dos derrotados. O presidente do PSD assumiu que o partido ficou aquém dos objetivos. "Não vale a pena ler números onde eles não existem", afirmou Rui Rio, para logo depois lançar o repto que definirá o seu destino político: "Seguem-se as Legislativas. Ou o PSD chega a outubro como alternativa ao PS ou não há alternativa ao PS".

Para o presidente do PSD "Portugal precisa de uma alternativa face à degradação dos serviços públicos na Saúde, Educação e Segurança Social". "Os portugueses precisam de alguém para quem olhem e digam: ‘pode ser este!’ E este somos nós", diz Rio, que, no entanto, tempera este desafio com um apelo ao consenso que é quase um piscar de olhos aos socialistas: "os partidos têm de ser capazes de dialogar por Portugal. Temos de reformar o sistema político e nenhum pode fazê-lo sozinho. Temos de reformar a Justiça e nenhum pode fazê-lo sozinho".

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Recados internos

Garantindo que tem condições para levar o PSD a um bom resultado em outubro, o líder do PSD não deixou de mandar recados aos seus adversários internos ao dizer que "se já foi difícil andar um ano com turbulência interna e chegar a eleições assim, como não será chegar a outubro se decidirem fazer a mesma coisa". Já o cabeça de lista, Paulo Rangel, afirmou que o primeiro-ministro "nacionalizou a campanha eleitoral", e que o PSD tentou "introduzir temas europeus", mas não foi bem-sucedido.

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Adeus à Europa

Carlos Coelho, eurodeputado há mais de 20 anos, vai deixar o Parlamento Europeu. Ao concorrer em sétimo lugar na lista do PSD não conseguiu ser eleito, teve um especial elogio de Rui Rio.

Paulo Rangel não se sente "sozinho"

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"Não me sinto sozinho. Cada um tem a sua missão. Cada um tem o seu papel. Eu tenho meu e assumo as minhas responsabilidades como cabeça de lista", afirmou Paulo Rangel durante o discurso em que assumiu a derrota.

SAIBA MAIS

37,4%

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No primeiro ato eleitoral em Portugal para o Parlamento Europeu, em julho de 1987, o PSD ganhou com 37,4% dos votos, elegendo 10 deputados, entre eles Pedro Santana Lopes, que encabeçava a lista dos sociais- -democratas.

Partido Popular Europeu

O PSD integra o grupo do Partido Popular Europeu (PPE) em conjunto com o CDS. É a maior família política europeia e contabilizou, na última legislatura, 217 deputados (dos quais oito são portugueses). O presidente é o alemão Manfred Weber. 

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CRONOLOGIA DE SOUSA

12h30

Rui Rio votou em Massarelos, no Porto. Antes, já Paulo Rangel tinha votado na Pasteleira, também no Porto.

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19h36

José Silvano nas primeiras declarações fala em "mudança".

22h21

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Paulo Rangel reconhece a derrota e diz que o PSD não atingiu os objetivos.

22h55

Rio faz a sua intervenção final e dá o tiro de partida para a campanha das Legislativas.

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