Privatização da TAP, interesse na pasta das Infraestruturas e vontade de derrubar o socialismo: O que disse Rui Rocha
Líder da IL defende a adoção de políticas que permitam a valorização do esforço e do mérito dos portugueses.
O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, disse esta segunda-feira que o partido tem a "visão" e a "competência" para trazer a mudança necessária para o País escapar à "estagnação" em que tem vivido nos últimos anos. Em entrevista à CMTV, o liberal criticou a injeção de dinheiro em empresas como a TAP e mencionou alguns dos principais objetivos da campanha, assegurando estar preparado para dar aos portugueses uma nova esperança, baseada no "esforço e no mérito".
"Estamos preparados, temos uma visão para o País e temos a competência", começou por dizer Rui Rocha, dando ênfase ao quadro "qualificado" de deputados da IL.
"Nem mais um euro para a TAP"
O presidente da IL, que desde o início assumiu uma postura a favor da privatização da TAP, continua a vincar a necessidade da venda da companhia aérea e de deixar de "gastar o dinheiro dos contribuintes".
"Nem mais um euro para a TAP. Não podemos brincar com o dinheiro dos portugueses. É preciso vender a TAP. O estado não deve ter uma empresa. A dívida da TAP tem de ficar do lado de quem a quer comprar", salientou.
IL considera pasta das Infraestruturas decisiva
Rui Rocha referiu que, dada a situação em que Portugal se encontra, "não basta uma mudança de Governo", como também uma mudança de políticas. Destaca a pasta das Infraestruturas como uma na qual tem muito interesse, tendo em conta todo o fator de transformação a que a mesma pode estar ligada.
O liberal classificou a pasta das Infraestruturas como "decisiva", com "um potencial enorme de transformação ao nível da ferrovia" e com especial importância para o combate à crise na habitação.
"Há todo um conjunto de situações em que a Iniciativa Liberal traria vantagem ao País", explicou.
Diálogo com Montenegro
Para o liberal, apesar das variáveis, existe a possibilidade de diálogo como os sociais-democratas caso isso permita derrubar o governo socialista, mas o Chega não pode entrar nos planos.
Entrevistas continuam na CMTV
O primeiro a ser entrevistado foi Paulo Raimundo, do PCP, que, entre outras propostas, na segunda-feira, defendeu a redução das taxas e comissões cobradas pelos bancos.Já Rui Tavares, do Livre, na terça-feira, esclareceu que para Portugal seria "melhor uma maioria plural à esquerda".Na quarta-feira, Pedro Nuno Santos, do PS, foi taxativo a dizer que "é mau para a democracia ter o PS e o PSD comprometidos com a mesma governação".Inês Sousa Real, na quinta-feira, lançou ataques a Mariana Mortágua e criticou oposição do ex-deputado do próprio partido, André Silva.Na sexta-feira, Mariana Mortágua referiu que o imposto sobre fortunas é "questão de justiça" e que o balanço do Governo socialista é "negativo".As entrevistas encerram com André Ventura (Chega), a 19 de fevereiro.A data para a entrevista a Luís Montenegro (Aliança Democrática) ainda está por definir.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt