"Não há nada mais caro do que pagar a incompetentes": Rui Rocha sobre gestão do SNS

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, foi esta terça-feira entrevistado no 'Grande Jornal da Noite' da CMTV. 

Relativamente à situação do apagão que afetou Portugal na segunda-feiram Rui Rocha afirmou que "as comunicações de emergência continuam a falhar quando mais precisamos delas" e criticou o discurso demasiado otimista do Governo. "A comunicação do Governo correu mal", diz o deputado. Sobre a hipótese da utilização da energia nuclear, Rui Rocha indicou que "a energia nuclear é limpa e fiável, mas temos de avaliar se é viável do ponto de vista económico para o País". 

No tema da habitação, Rui Rocha classificou a situação atual como um "escândalo" e critica as políticas do anterior Governo do PS. O liberal apontou também que "o Bloco de Esquerda parte de uma abordagem de rancor contra a propriedade" na apresentação das suas medidas para a crise da habitação. Para o deputado, quem está à procura de casa não tem "nenhum benefício" com o controlo de rendas - solução apresentada pelo BE. 

A IL defende a criação de incentivos para os proprietários porem casas no mercado. O partido também propôs um agravamento da moldura penal para os ocupas e atuação mais rápida da polícia.

Questionado sobre a Saúde, Rui Rocha apontou a necessidade de compensar os profissionais de saúde pelos resultados que entregam. O líder da IL refere que a situação tem piorado no SNS, devido à má escolha dos dirigentes das ULS: "Não há nada mais caro do que pagar a incompetentes".

Depois de falar sobre as diferentes necessidades do País, nomeadamente na habitação, na saúde e na defesa, Rui Rocha mostrou estar convencido de que é possível baixar impostos, situação que depende da "gestão eficiente do Estado".

"Queremos estabilidade, mas somos exigentes": foi a resposta de Rui Rocha sobre um possível alinhamento com a AD, que considera possível. O líder da IL afirma que a coligação tem de ser mais ambiciosa e que a promessa de mudança não cumpriu as expectativas.

No que diz respeito à imigração, Rui Rocha lembra tempo em que, sob o Governo do PS, o cadastro de quem entrava no País não era verificado. Clarificou ainda que o partido defende uma imigração "com dignidade e com regras", com o alargamento para 10 anos do tempo de residência em Portugal para adquirir a nacionalidade portuguesa. Rui Rocha usou o caso do jovem 'Manu', que morreu esfaqueado em Braga, como um exemplo de como "pessoas perigosas" entraram em Portugal devido ao fraco controlo.