"Situação neste momento não tem paralelo com a que havia há um ano", garante Presidente da República

Presidente da República disse ainda que Portugal é dos países mais avançados na vacinação com a dose de reforço.

22 de novembro de 2021 às 18:14
Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Tiago Sousa Dias
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa disse esta segunda-feira que é preciso por um lado "vacinar mais e mais depressa" e por outro lado, "acorrer a doença de urgência". 

Em declarações aos jornalistas na entrada de uma conferência do ISCTE sobre o futuro do trabalho visto pelos jovens, Marcelo garante que "não pode antecipar opinião sobre medidas que o Governo está a pensar tomar" face ao crescimento da pandemia em Portugal. 

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Relativamente à demissão de médicos em Santa Maria, Marcelo Rebelo de Sousa considera que "tudo o que seja crise e problemas na saúde é indesejável".

"O que eu desejo é que seja possível reaproximar os pontos de vista e ultrapassar esta como outras situações que sejam situações que possam criar engulhos, bloqueamentos, naquilo que é fundamental na vida dos portugueses e que se chama saúde. É sempre importante, neste momento é mais importante", referiu.

Os dez chefes de equipa de cirurgia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, demitiram-se do cargo e nove vão deixar de fazer urgências porque têm mais de 55 anos, disse hoje à Lusa uma fonte sindical.

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Os chefes de equipa de urgência cirúrgica tinham enviado em 10 de novembro uma carta ao diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), de que faz parte o Hospital Santa Maria, na qual apresentavam a sua demissão em bloco a partir de hoje.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, João Proença, afirmou que o Conselho de Administração do CHULN "não deu qualquer resposta às pretensões dos médicos que eram muito claras", pelo que foi concretizada a demissão.

"Os colegas exigiram que fossem tomadas medidas para que o banco de urgência continuasse a ter uma vida normal, porque só eram duas pessoas, um chefe de equipa e um especialista, e precisavam de seis pessoas diferenciadas", disse o dirigente sindical.

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Por outro lado, nove dos dez médicos que se demitiram do cargo de chefia já têm mais de 55 anos e, ao abrigo da lei, podem pedir dispensa do trabalho nas urgências.

João Proença adiantou que os médicos fizeram "uma proposta de linha vermelha" ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHULN), mas como este respondeu de "forma evasiva" decidiram que, a partir de dezembro, vão comunicar que "já não fazem urgência porque têm mais de 55 anos", além de irem limitar as horas extraordinárias.

O Presidente da República garantiu também que Portugal é dos países mais avançados na vacinação com a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, mas ainda assim garante que é preciso acelerar o processo. 

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"Tem que se reforçar a vacinação porque mais vale garantir a vacinação daqueles que são mais vulneráveis numa corrida contrarrelógio do que eles estarem a perder anticorpos", acrescentou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa é preciso não entrar no "8 ou 80", sendo que, não é preciso falar em Estado de Emergência quando "a situação [pandémica] não aponta para isso".

"Situação neste momento não tem paralelo com a que havia há um ano", concluiu o Presidente da República. 

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