Sócrates na mão de juiz que demitiu
Juiz conselheiro foi diretor da Polícia Judiciária e foi demitido.
Santos Cabral, o ex-diretor da Polícia Judiciária demitido precisamente pelo governo de Sócrates, tem nas mãos o futuro do ex-primeiro-ministro. Juiz conselheiro do Supremo Tribunal (STJ) de Justiça, Santos Cabral decide o primeiro ‘habeas corpus’ interposto pela defesa. Os advogados João Araújo e Pedro Delille sustentam que a investigação a Sócrates tinha de ser feita pelo STJ. E devem levar aos juízes os mesmos argumentos já invocados no Face Oculta – e que valeram a Sócrates a destruição das escutas e o terminar abrupto da investigação – e terão juntado alguns pareceres de juristas para fundamentar a posição.
O sorteio aleatório determinou então que o ‘habeas corpus’ fosse decidido pelo juiz que saiu de forma conturbada da direção da PJ. Discordâncias sobre falta de meios e dinheiro levaram Cabral a bater com a porta. No dia em que ia apresentar a demissão a Alberto Costa, ministro da Justiça, foi logo confrontado pelo governante com o despacho de exoneração.
A decisão do STJ deve ser conhecida ainda esta semana. João Araújo também já anunciou que tornará hoje públicos os seus argumentos. Há ainda outro ‘habeas corpus’ interposto por um empresário do Norte, Alfredo Pinto, que já esteve preso durante cinco anos. Este pedido de ‘habeas corpus’ foi distribuído ao juiz conselheiro Armindo Monteiro, da 3.ª secção.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt