"Tenho uma máscara no bolso que uso quando entro num espaço fechado": Costa admite multas a quem não cumprir
Primeiro-ministro confirma multas de 120 a 300 euros para quem não usar máscara nos transportes públicos.
O primeiro-ministro, António Costa, explicou esta quinta-feira como serão as novas regras impostas pelo Estado de Calamidade que entrará em vigor às 00h00 de dia 3 de maio.
Costa assumiu, em entrevista à RTP, que o uso das máscaras vai passar a fazer parte do nosso quotidiano e que embora esteja convencido de que não será necessário usar esta medida preventiva na rua, o mesmo não se aplica aos espaços fechados.
"Tenho uma máscara no bolso que uso quando entro num espaço fechado", revelou o primeiro-ministro. Quanto a possíveis coimas para quem não usar máscara, Costa confirma que serão apenas aplicáveis nos transportes públicos uma vez que nesses locais é muito difícil garantir o distanciamento social. O valor poderá ir dos 120 aos 300 euros.
"Nós só prevemos a aplicação de coima nos transportes públicos, porque aí é muito difícil haver as normas de afastamento físico que são necessárias. Hoje, até nos supermercados nas filas para as caixas, está uma marcação no chão de qual é a distância que cada um deve ter. Nós não podemos fazer isso nos transportes públicos", justificou o primeiro-ministro.
Na entrevista, o líder do executivo voltou a defender a necessidade de haver horários diferenciados para o funcionamento dos estabelecimentos comerciais e dos locais de trabalho em geral.
"Para diminuir a pressão da procura, o Governo incentiva o desfasamento de horários. As escolas quando reabrirem reabrem às 10:00. Este novo comércio que vai retomar [na segunda-feira] reabrirá só reabre a partir das 10:00 de forma a diminuir a pressão", apontou António Costa.
O primeiro-ministro destacou ainda que o Governo optou por manter "a obrigatoriedade do teletrabalho durante todo o mês de maio para as atividades que podem estar nessas condições", tendo em vista, precisamente, "não aumentar neste momento a pressão também sobre os transportes públicos".
O primeiro-ministro garantiu ainda que "vamos ter de conviver com o vírus" porque o problema não vai passar no próximo ano, ou ano e meio.
A mensagem continua a ser "fique em casa" e a mudança de Estado de Emergência para Estado de Calamidade não significa que podemos abrandar as medidas e os cuidados
"Não vamos regressar à normalidade enquanto não houver uma vacina ou tratamento", garantiu Costa acrescentando: "Só há uma forma de travar a pandemia, andar o mínimo possível e mantermo-nos afastados uns dos outros".
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