Ventura sugere que primeiro-ministro quer manter a ministra da Saúde "para ter um para-raios"
Presidente do Chega reagia ao caso da morte de uma grávida no hospital Amadora-Sintra, esta sexta-feira.
O líder do Chega sugeriu esta sexta-feira que o primeiro-ministro quer manter a ministra da Saúde "para ter um para-raios para se proteger a ser próprio" e acusou-o de fugir às suas responsabilidades de governante.
"O Governo quando atira com a barriga para a frente levanta a ideia de duas coisas, que o primeiro-ministro quer manter esta ministra da Saúde por uma questão de para-raios, ou seja, ter ali alguém que é sempre o alvo de todos os problemas para se proteger a si próprio. Ponto dois, de querer fugir às responsabilidades de governante e um Governo não deve fugir às suas responsabilidades, deve assumir essas responsabilidades e garantir que vai fazer melhor", sustentou.
André Ventura reagia assim ao caso da morte de uma grávida no hospital Amadora-Sintra, referindo que este é mais um caso "que mostra bem a desorientação" na saúde.
"A senhora ministra parece que morra quem morrer, fique sem atendimento quem ficar, fique sem meios quem ficar, que o Governo nunca assume responsabilidades e que a senhora ministra acha que pode continuar o seu trabalho sem nunca assumir essa responsabilidade", disse o líder do Chega à margem de uma visita a uma empresa no Montijo.
Questionado sobre a sugestão do Presidente da República da existência de um acordo político sobre o papel do SNS, do setor social e do setor privado, para que haja um quadro de médio prazo, André Ventura disse que se há área em que deve haver consenso é na saúde mas defende que "é preciso em dizer ao Governo que não pode desinvestir ".
"Nós hoje temos pessoas que não conseguem comprar medicamentos verdadeiramente e nós estamos a retirar orçamento precisamente numa das áreas em que as pessoas mais têm dificuldades que é a área da saúde", disse.
Este pacto, adiantou o presidente do Chega, "pode ser feito entre os três maiores partidos" e deve ter como premissas um investimento consistente que garanta que os hospitais não têm falhas de equipamentos e que os centros de saúde não têm falhas de equipamentos.
Outra das premissas apontadas pelo líder do Chega é que "os portugueses têm que ter saúde antes dos outros" e que Portugal não pode "andar a pagar a saúde do mundo inteiro, de pessoas que chegam só para ter tratamento".
"Não creio que isto seja nenhuma mensagem xenófoba. É dizer que quem cá está tem que ter direito à saúde e tem que ser a prioridade do sistema de saúde", frisou.
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