"Eu acho que é um motivo de reforço da solidariedade europeia", afirma o Presidente da República.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quinta-feira que a Finlândia é soberana para decidir livremente sobre a sua segurança e que se aderir à NATO isso constituirá "um reforço em termos europeus".
Em resposta a perguntas dos jornalistas, num hotel de Lisboa, interrogado se a adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) pode fazer alastrar a guerra em curso na Ucrânia, o chefe de Estado respondeu: "Não. Eu acho que é um motivo de reforço da solidariedade europeia".
"O facto de haver países europeus que realmente integram a União Europeia mas querem integrar agora a NATO e países europeus que não integram a União Europeia nem a NATO mas querem aproximar-se da União Europeia e querem integrar a NATO ou aproximar-se da NATO, isso é um reforço em termos europeus", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a comentar as ameaças de retaliação por parte da Federação Russa face à intenção da Finlândia de aderir à NATO e contrapôs que "quem decide o seu destino é cada país".
A confirmar-se a decisão da Finlândia de aderir à NATO, "há um Estado que considera que é melhor para a sua segurança passar a pertencer a uma organização, uma aliança defensiva, que tem como objetivo reforça a segurança", assinalou.
Referindo-se também à eventual adesão da Suécia à Aliança Atlântica, o chefe de Estado questionou: "Nós vamos ser mais finlandeses do que os finlandeses e mais suecos do que os suecos?".
"A soberania é o facto de cada país poder livremente decidir sobre a sua segurança, não serem os outros a dizer: nós achamos que estás mais seguro se não deres este passo. É uma opção dos povos. Ou há soberania ou não há soberania", reforçou o Presidente da República.
Interrogado sobre a ameaça nuclear, retorquiu: "Não vou estar a equacionar cenários implausíveis. Mas penso que é pacífico há décadas e décadas e décadas que o poder nuclear não é daqueles poderes que se possa utilizar de ânimo leve".
"Primeiro, pelas consequências terríveis para a humanidade, segundo, pela dispersão de armamento nuclear -- não há uma potência com poder nuclear, há muitas potências com poder nuclear, portanto, abrir a corrida ao nuclear é abrir a corrida para muitos", completou.
Portugal integra a NATO desde a sua fundação, em 1949. Fazem também parte desta aliança política e militar os Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido, Alemanha e Turquia, Hungria e Polónia, entre outros.
Os últimos países a aderir à NATO foram Bulgária, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia e Roménia, em 2004, Albânia e Croácia, em 2009, Montenegro em 2017 e Macedónia do Norte em 2020.
A Federação Russa lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia com invasão por forças terrestres e bombardeamentos.
O Presidente e a primeira-ministra da Finlândia disseram hoje que são favoráveis à adesão do país à NATO. A decisão deve ser anunciada oficialmente no próximo domingo em Helsínquia.
O secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, saudou a vontade demonstrada pelas autoridades da Finlândia de integrar a Aliança Atlântica e disse que, a confirmar-se essa "decisão soberana" do Estado finlandês, "o processo de adesão vai decorrer de forma tranquila e rápida".
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