Francisco Rodrigues dos Santos acusou o gabinete de Eduardo Cabrita de mentir quanto à sinalização.
1 / 3
O presidente do CDS-PP considerou hoje que o ministro da Administração Interna "não pode continuar calado" sobre o acidente com o carro em que seguia, e acusou o gabinete de Eduardo Cabrita de mentir quanto à sinalização.
"A responsabilidade do ministro Eduardo Cabrita aumenta por circular naquela viatura que provocou o acidente e aquela vítima mortal, e não diminui, porque o ministro Eduardo Cabrita é o responsável por garantir o cumprimento das regras do Código da Estrada, e há muitas perguntas que ainda estão sem resposta e o ministro não pode continuar calado", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.
Numa declaração aos jornalistas na sede do CDS-PP, em Lisboa, antes do início do Conselho Nacional, que se reúne por videoconferência, o líder centrista considerou que é necessário saber qual a velocidade a que circulava a viatura onde seguia o ministro, se os trabalhos na estrada "estavam efetivamente sinalizados", se algum "representante do Estado" esteve presente no funeral do trabalhador que foi atropelado, "se a família da vítima está a ser contactada pelo Ministério da Administração Interna" e se haverá lugar a uma indemnização.
"É urgente que Eduardo Cabrita politicamente dê estas explicações ao país para que não se sinta um quase generalizado entendimento de que a impunidade continua a ser reinante neste Governo e, na altura de assumir responsabilidades, ninguém fala, remete-se ao silêncio e o ministro esconde-se da vítima, dos seus familiares e dos portugueses", salientou.
O líder do CDS referiu também o facto de fonte da Brisa ter afirmado à comunicação social que os trabalhos de manutenção na autoestrada A6 na zona de Évora, em 18 de junho, estavam sinalizados quando aconteceu o acidente, esclarecimentos que diferem das explicações dadas pelo ministério, em comunicado, no dia seguinte.
De acordo com o ministério, não existia sinalização para alertar os condutores dos "trabalhos de limpeza em curso" na A6 quando a viatura do ministro atropelou mortalmente um trabalhador que atravessava a faixa de rodagem.
Considerando que o ministro Eduardo Cabrita "continua a desempenhar as suas funções como se nada tivesse acontecido", Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que "pior do que recusar das estas explicações à família da vítima e aos portugueses, mesmo quando convidado pelo senhor Presidente da República a fazê-lo, é o facto de o seu ministério ter mentido em comunicado sobre os factos desse mesmo acidente e ter imputado publicamente responsabilidades à vítima".
Hoje, ao lado do Presidente da República, o ministro da Administração Interna escusou-se hoje a comentar o acidente na autoestrada A6 que envolveu a viatura que o transportava.
Para o presidente do CDS-PP, o ministro tem de explicar "quem é o autor das mentiras que resultam deste comunicado, que já vieram ser desmentidas pela Brisa, nomeadamente quanto à sinalização dos trabalhos em curso".
"Tanto quanto é do conhecimento público, só existiam dois ocupantes daquela viatura que provocou o acidente, era o motorista e o ministro, portanto senhor ministro, qual dos dois está a mentir?", questionou o centrista.
Na segunda-feira, o presidente do CDS defendeu a demissão do ministro Eduardo Cabrita caso se apure que o carro que o transportava circulava em excesso de velocidade e hoje o grupo parlamentar centrista pediu explicações por escrito ao ministério.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.