Secretária de Estado da Agricultura apresentou na quinta-feira a sua demissão.
IL quer ouvir com urgência ministra da Agricultura no parlamento
A Iniciativa Liberal (IL) quer ouvir com urgência no parlamento a ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, sobre a polémica com a secretária de Estado demissionária desta tutela, Carla Alves.
"As explicações de que nós precisamos, e por isso vamos pedir com urgência que a senhora ministra da Agricultura venha ao parlamento prestá-las, é qual era o grau de conhecimento da senhora ministra da Agricultura", defendeu Rui Rocha, deputado da Iniciativa Liberal em declarações aos jornalistas no parlamento.
O jornal Público noticiou esta sexta-feira que a secretária de Estado da Agricultura demissionária, Carla Alves, informou a ministra da tutela, Maria do Céu Antunes, antes de tomar posse como governante na passada quarta-feira, acerca das contas arrestadas que partilha com o marido.
O deputado e candidato à liderança da IL salientou que "notícias de hoje apontam para a evidência de que a senhora ministra da Agricultura tinha conhecimento das condições que levaram depois, quer o senhor Presidente da República a dar um sinal claro que a situação era insustentável, quer a senhora secretária de Estado a demitir-se".
Para os liberais, é "impossível de aceitar que, sabendo das circunstâncias em que a senhora secretária de Estado estava, não tivesse a senhora ministra da Agricultura feito ela própria uma avaliação política da impossibilidade de uma nomeação naquelas circunstâncias".
"Queremos saber o que é que a senhora ministra sabia e que avaliação política foi capaz de fazer, parece que nenhuma, e por isso também a senhora ministra da Agricultura fica muitíssimo fragilizada neste processo", frisou.
Questionado sobre se esta polémica pode colocar em causa o lugar no executivo de Maria do Céu Antunes, Rui Rocha salientou que na quinta-feira foi debatida no parlamento a moção de censura ao Governo apresentada pela IL e, portanto, "não é só a senhora ministra da Agricultura, é todo o Governo que já não devia estar em funções".
Na opinião do deputado liberal, a ministra da Agricultura tem "um histórico que por si só justificaria que já não estivesse no Governo há muito tempo", lembrando "uma tentativa de coação de uma confederação do setor, devido ao sentido de voto que essa confederação possa ter sugerido em determinada altura" ou "o processo de transferência de competências das direções gerais da agricultura para outro tipo de entidades que não foi sequer comunicado aos agricultores, não foi discutido, não foi tratado com as confederações".
"A senhora ministra é já uma nulidade governativa há muito tempo", atirou.
No requerimento entretanto divulgado à comunicação social, os deputados da IL escrevem que "inicialmente confrontado, o Ministério da Agricultura e da Alimentação garantiu que não havia nenhuma questão que colocasse em causa a nomeação de Carla Alves, tendo o próprio senhor primeiro-ministro dado cobertura a esta nomeação durante o debate da moção de censura que a Iniciativa Liberal apresentou no parlamento".
Neste debate, antes de ser conhecida a demissão, o primeiro-ministro sustentou que a secretária de Estado da Agricultura não é acusada em processo judicial e invocou os princípios de Direito, questionando se se deve demitir a mulher porque o marido é acusado num processo-crime, numa resposta ao Bloco de Esquerda.
Momentos depois, em resposta ao Chega, Costa defendeu que se algum membro do Governo tiver rendimentos não declarados deve sair do executivo, salientando que a secretária de Estado da Agricultura lhe tinha garantido que na sua conta não teria rendimentos não declarados.
A secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, apresentou na quinta-feira a sua demissão por entender não dispor de "condições políticas e pessoais" para iniciar funções, um dia após a tomada de posse.
O Correio da Manhã noticiou no mesmo dia o arresto de contas conjuntas que a secretária de Estado da Agricultura demissionária tem com o marido e ex-autarca de Vinhais, Américo Pereira, informação divulgada menos de 24 horas depois da tomada de posse da governante.
O Ministério Público acusou de vários crimes e mandou arrestar bens do advogado e antigo autarca socialista, que saiu da liderança do município em 2017, num processo de mais de 4,7 milhões de euros que tem mais três arguidos.
Em causa estão vários negócios celebrados entre 2006 e 2015, que envolvem também uma sociedade, um empresário e o reitor do antigo seminário deste concelho do distrito de Bragança.
De acordo com a investigação, foram detetadas nas contas do casal ao longo de vários anos divergências entre os valores depositados e declarados.
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