"Governo ainda não sabe quem vão ser, ou não quer dizer, quem são as entidades internacionais interessadas na compra da TAP", disse André Ventura.
Chega vai chamar Galamba ao parlamento 'de urgência' para explicar privatização da TAP
O Chega vai chamar o ministro das Infraestruturas, João Galamba, ao parlamento "de urgência", para explicar a possibilidade admitida pelo Governo de privatizar a TAP entre 51% e 85%, indicou esta sexta-feira o líder do partido.
"O Governo ainda não sabe quem vão ser, ou não quer dizer, quem são as entidades internacionais interessadas na compra da TAP e não sabemos que modelo vamos ter na TAP, se vamos ter uma privatização a 51%, a 80%, a 70%, não sabemos. E temos de saber", disse André Ventura.
O presidente do Chega falava no Funchal, à margem da conferência de apresentação do cabeça de lista do partido às eleições legislativas da Madeira, num comentário à notícia divulgada esta sexta-feira pelo Jornal Económico de que o executivo socialista está a estudar a venda de 51% a 85% da companhia aérea portuguesa.
"Por isso, vamos ainda hoje chamar o senhor ministro João Galamba ao parlamento de urgência, para explicar duas coisas muito simples: como está o processo de privatização da TAP, quem são os interessados, quem são as entidades que estão interessadas verdadeiramente em comprar a TAP e se é ou não verdade que a Ibéria, companhia de referência espanhola, está nesse lote de interessados", explicou.
André Ventura disse que o Chega "nada tem contra os espanhóis", nem contra nenhum país parceiro da União Europeia, mas alertou que "qualquer português compreende que não é do interesse estratégico da TAP e da economia portuguesa que a TAP esteja nas mãos dos espanhóis da Ibéria, porque tenderão naturalmente a favorecer o 'hub' de Madrid em relação a Lisboa".
"Isso é um erro estratégico claro a que o Chega se vai opor veementemente", declarou.
André Ventura sublinhou, por outro lado, que "não é a mesma coisa privatizar a 51% e a 85%", vincando que o Chega quer saber "quanto é que vamos receber pela privatização, comparando com os 3,2 mil milhões que gastamos já no processo de nacionalização".
"Temos um ministro [João Galamba] completamente fragilizado, completamente alheado e que é incapaz de dar estas respostas", lamentou.
O presidente do Chega disse ser fundamental assegurar uma "série de eixos estratégicos" ao nível das pré-condições do negócio, entre os quais a salvaguarda de ligações regulares com as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
"Se nós estivéssemos no Governo, em coligação ou não, era isto que exigiríamos. Se chegarmos aos Governo, em coligação ou não, é uma das reversões que vamos fazer ao negócio, é impor uma série de condições à companhia, se for possível juridicamente e se os tribunais o validarem", disse.
Ainda à margem da apresentação do cabeça de lista do Chega às eleições legislativas da Madeira, André Ventura fez questão de manifestar a "total solidariedade" do partido com a greve dos enfermeiros que decorre a nível nacional, afirmando que a sua luta "é justíssima".
"Não deixa de ser curioso que hoje vejamos dois dos partidos parlamentares também - o Bloco de Esquerda e o PCP - próximos e solidários com esta greve dos enfermeiros - à qual nós também estamos e saudamos -, mas que durante seis anos aprovaram os orçamentos do Partido Socialista, que precisamente mais afetaram a vida dos enfermeiros", disse, para logo reforçar: "Estiveram seis anos para aprovar orçamentos que fizessem a diferença. Não o fizeram e agora estão solidários com os enfermeiros. É muita hipocrisia junta."
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