Líder comunista tocou em temas como o aumento de rendas, telecomunicações ou portagens.
Paulo Raimundo diz que novo ano trouxe 'novos apertos' e insiste em aumento dos salários
O secretário-geral do PCP considerou, esta quarta-feira, que o novo ano trouxe "novos apertos", com aumentos das rendas, telecomunicações ou portagens, e insistiu que é necessário aumentar os salários e controlar preços.
Esta manhã, Paulo Raimundo deslocou-se a Moscavide para uma iniciativa de contacto com a população inicialmente prevista para ser na rua, mas que, devido à chuva, acabou por ser desviada para o mercado local, onde apenas estavam vendedoras de fruta e peixeiras que se queixaram ao secretário-geral do PCP da escassez de clientes devido à falta de condições da infraestrutura, mas também ao aumento do custo de vida.
Em declarações aos jornalistas, o líder do PCP salientou que o intuito desta iniciativa foi marcar "a ideia de 'ano novo, apertos novos'", referindo que 2024 se iniciou "com um aperto sobre as rendas, sobre os preços de telecomunicações, das portagens, dos alimentos".
"Isso significa degradação da vida de cada e nós vamos levar amanhã [quinta-feira] à Assembleia da República uma interpelação ao Governo sobre estas matérias: sobre a degradação e o aumento do custo de vida e as medidas concretas para fazer face a essa questão", recordou.
Para Paulo Raimundo, a atual situação "só se resolve de duas maneiras".
"Desde logo, aumentando os salários e as pensões. Por outro lado, medidas concretas que façam com que as despesas das pessoas diminuam, travando o aumento das rendas, como propusemos, fixando e controlando o preço dos bens essenciais, diminuindo o IVA das telecomunicações, do gás, da eletricidade", enumerou.
O secretário-geral do PCP defendeu que essas medidas são fundamentais, "já se colocavam no final do ano passado" e continuam a colocar-se atualmente, salientando que o seu partido não irá abdicar delas.
"Nós parece que vivemos em dois mundos diferentes: um mundo que nos é apresentado pelos governantes - o mundo em que está tudo a correr bem - e depois há a vida concreta das pessoas, que não têm nada a ver com a realidade", disse.
Questionado se a situação na educação mostra também que, além de novos apertos, o novo ano mantém também velhos problemas, Paulo Raimundo respondeu que a questão da educação e da saúde são "dois problemas fundamentais" do país que "estão ligados".
Segundo o líder do PCP, nas duas áreas há "falta de profissionais e falta de condições para o Estado os reter", mas também há uma falta de respeito por esses profissionais, que não passa apenas "pelo ponto de vista financeiro e dos salários".
Paulo Raimundo considerou que "é evidente" que, para os professores, essa valorização passa pela reposição integral do tempo de serviço.
"Esse problema do reconhecimento do tempo perdido, do tempo roubado... Há questões financeiras que estão ligadas a isso, mas a questão não é só essa: são as questões de valorização da carreiras, de respeito pela carreira", disse.
Já interrogado sobre o apelo, divulgado esta terça-feira pelo Público, de várias personalidades independentes - como os escritores Mário de Carvalho, Rui Zink ou o jornalista José António Cerejo - para que se vote na CDU nas próximas legislativas, Paulo Raimundo considerou que se trata de uma "boa notícia" e é um sinal que "dá confiança e esperança" à coligação.
O secretário-geral do PCP sublinhou que, nos vários contactos que tem tido com a população, há várias pessoas que lhe transmitem que, apesar de nas legislativas de 2022 ou 2019 terem votado noutro partido, estão agora "um processo de reaproximação" da CDU.
"Isso é positivo para nós, mas é acima de tudo positivo para cada um deles, porque tem consequência na vida das pessoas. Nós estamos fartos de dizer e vou repeti-lo: quando o PCP e a CDU avançam, a vida das pessoas anda para a frente e melhora", disse.
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