Para o PAN, a AD "representa um retrocesso demasiado grave perante os direitos que ainda estão por conquistar".
Inês de Sousa Real garante que a AD 'não conta com o apoio do PAN'
A líder do PAN garante que a Aliança Democrática (coligação PSD, CDS-PP e PPM) não contará com o apoio do seu partido após as eleições legislativas, mas admite a possibilidade de um entendimento com os sociais-democratas.
"O PAN já deixou claro que a Aliança Democrática não conta com o apoio do PAN. Uma coisa é o PSD, coisa diferente é a Aliança Democrática", afirmou.
Em entrevista à agência Lusa a propósito das eleições legislativas de 10 de março, Inês de Sousa Real disse que, da mesma forma que o partido traçou "uma linha vermelha em relação ao Chega", também "não contem com o PAN para viabilizar este revivalismo que efetivamente não dá resposta às preocupações do século XXI" e "chega a ser bafiento".
"Não podemos evidentemente compactuar com uma agenda que é anti-feminista e anti-progresso. O voto nessas forças políticas é um voto contra os direitos das mulheres, é um voto contra os direitos dos animais, em negacionistas das alterações climáticas, e é um voto contra os direitos das gerações futuras", acusou.
Para o PAN, a AD "representa um retrocesso demasiado grave perante os direitos que ainda estão por conquistar".
"Luís Montenegro, ao ir buscar para a sua lista Gonçalo da Câmara Pereira, ao ir buscar também Nuno Melo e o CDS, o antigo presidente da CAP, está claramente a dar um sinal muito negativo em termos sociais", criticou.
A deputada considerou que após as eleições legislativas de 10 de março será preciso perguntar o que é que os líderes de PSD e PS "estão dispostos a fazer pelas causas do PAN" antes de decidir algum eventual apoio a um próximo governo.
Inês de Sousa Real disse que será necessário perceber se "a força política que esteja em condições de formar governo está disponível para se aproximar das causas e valores do PAN e que compromisso é que está disposto a estabelecer para garantir a estabilidade política do país".
"Há um caminho tem de ser feito e precisamos de perceber o que é que estão disponíveis então Luís Montenegro [presidente do PSD] e Pedro Nuno Santos [secretário-geral do PS] a fazer para se aproximar destes princípios e destas preocupações, para que possamos resgatar as pessoas da pobreza no nosso país, fazer avanços na proteção animal e combatermos de forma mais eficaz as alterações climáticas, preservando a natureza", indicou.
Inês de Sousa Real recusou adiantar se irá exigir um acordo escrito ou integrar um governo, ressalvando que irá depender do que PS e PSD inscreverem nos programas eleitorais e também dos resultados de cada partido e da relações de forças, mas espera ter "mais capacidade negocial" na próxima legislatura.
O PAN quer, entre outras medidas, que o próximo governo alivie os impostos das famílias, se comprometa com metas mais ambiciosas para a descarbonização, a expansão da ferrovia, ligando todas as capitais de distrito, "apostar fortemente nos transportes públicos", mais acesso à habitação e alojamento estudantil, e aumentos os apoios para a proteção animal, nomeadamente a descida do IVA da alimentação e dos serviços médico-veterinários.
Também a escolha da localização para o novo aeroporto pode ser uma linha vermelha, admitiu. O PAN defende a escolha de Beja.
Sobe o facto de o PAN negociar propostas com o PS a nível nacional e se abster no Orçamento do Estado, e ter também assinado um acordo de incidência parlamentar com o PSD na Madeira, Inês de Sousa Real considerou que "isso só demonstra que o principal compromisso" do partido é com as causas que representa.
"Seria muito fácil o PAN demitir-se desta responsabilidade e fazer oposição por mera oposição, mas os portugueses não nos elegem para estarmos apenas focados naquilo que é o crescimento. Elegem-nos para darmos respostas às suas preocupações, e é isso que o PAN tem feito", defendeu.
A porta-voz do PAN recusou ainda ficar "refém de um debate em torno da dicotomia da esquerda e direita, dos preconceitos ideológicos que cada força política tem e deixar para trás todas estas preocupações e avanços de causa".
Esta entrevista foi realizada antes de o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque ter sido constituído arguido num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder, prevaricação, atentado ao Estado de direito, entre outros crimes, e se ter demitido do cargo.
O PAN assinou um acordo de incidência parlamentar que permite à coligação PSD/CDS-PP ter maioria absoluta no parlamento regional.
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