Proposta que defendia a condenação do Hamas a dividiu as opiniões dos congressistas que acabou por ser alterada.
O conflito na Palestina dominou este sábado o debate do programa provisório do Livre para as eleições europeias, com uma proposta que defendia a condenação do Hamas a dividir as opiniões dos congressistas que acabou por ser alterada.
Em causa esteve uma proposta de emenda defendida por Bárbara Tengarrinha que defendia a inclusão, no programa, da condenação de todos os atos de terrorismo, tal como os de 7 de outubro de 2023 perpetrados pelo Hamas, considerando que estes "têm servido para fortalecer a extrema direita ultraortodoxa e as forças hostis à solução de dois Estados".
Esta proposta acabou por ser alterada pela sua preponente retirando a referência ao Hamas após um aceso debate sobre o tema.
Durante o debate, o militante Miguel Santos defendeu que se há algo a condenar atualmente "é o genocídio cometido por Israel" considerando que a paz só será alcançada quando este tiver um fim.
"Centremo-nos no importante. Na condenação do Estado de Israel", disse gritando "a Palestina vencerá", uma declaração que desencadeou um longo aplauso de pé por parte da plateia.
Bernardo Mata, um outro militante, saiu em defesa da emenda considerando que o partido deve condenar de forma clara os ataques terroristas venha de onde vier lembrando que o Hamas causou vítimas e continua a causar.
O Livre está reunido até domingo em congresso, na Costa de Caparica, em Almada, no distrito de Setúbal, para eleger os novos órgãos internos e aprovar o programa eleitoral para as eleições europeias de 9 de junho.
Na proposta de programa eleitoral, um documento de 94 páginas que este sábado está em debate e cuja versão final será aprovada no domingo, o partido elenca 18 temas para escrutínio eleitoral nas próximas europeias, que vão desde a democracia ao comércio internacional.
Contudo o debate do documento com a referência a emendas centrou-se na área da política externa, com especial enfoque na questão da Palestina, um tema que por diversas vezes levou a uma ovação coletiva por uma "palestina livre", mas também na invasão da Ucrânia.
Neste capítulo, o Livre defende o reconhecimento da Palestina como Estado independente, "em consonância com as fronteiras de 1967 definidas pelas Nações Unidas, defendendo o direito à autodeterminação do povo palestiniano, com vista à implementação da solução de dois Estados internacionalmente reconhecidos -- Israel e Palestina -- como condição necessária à paz e à segurança na região".
O partido advoga também o apoio e a promoção, com a UE e a ONU, ao cessar-fogo imediato e definitivo na Faixa de Gaza e a entrada de ajuda humanitária à população.
Por outro lado condena todas as ações que ultrapassam o contemplado no Direito Internacional Humanitário, incluindo a continuação da política de colonatos e as ações de ocupação e opressão de Israel na Cisjordânia e defende o apoio a todas as diligências da justiça internacional para investigação de crimes de guerra e de genocídio.
Após este debate, Rui Tavares subiu ao púlpito para defender o reconhecimento do Estado da Palestina e a sua integração como membro efetivo da Organização das Nações Unidas, matéria que referiu já ter sido alvo de um projeto de resolução do seu partido na Assembleia da República.
O porta-voz do Livre fez ainda uma referência também a uma emenda ao programa eleitoral do partido, apelando ao voto favorável, para que "a ONU além de ter representação diplomática dos Estados que dela fazem parte, deve também ter uma Assembleia Parlamentar que represente todos os parlamentos da organização".
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