Candidata refere que processo de recolha de assinaturas está "bastante avançado".
A candidata presidencial Ana Gomes disse esta quarta-feira esperar que o atual Presidente da República não continue a alimentar o "tabu" sobre uma recandidatura, "até para não se valer do cargo" havendo já data marcada para as eleições.
"Eu só espero que a partir de agora o senhor Presidente da República não continue a alimentar o 'tabu' sobre a sua recandidatura, até para se não valer do cargo de Presidente da República, que naturalmente continua a desempenhar, e se exponha ao questionamento dos media e dos cidadãos tal como os outros candidatos", considerou hoje Ana Gomes, em declarações à agência Lusa.
A candidata presidencial esteve esta manhã numa ação de campanha no Café Saudade, em Sintra, onde falou com cerca de uma dezena de apoiantes, e tomou o pequeno-almoço antes de se dirigir à Câmara Municipal do concelho, onde foi recebida pelo presidente Basílio Horta.
Questionada sobre o estado da recolha de assinaturas necessárias à formalização da candidatura a Presidente da República, Ana Gomes disse que o processo está "bastante avançado", apontando algumas dificuldades de uma candidatura independente, sem apoio partidário.
"O sistema é obsoleto, exige ainda que as assinaturas venham em suporte de papel e exige também que haja uma segunda fase, que é de pedir às juntas de freguesia a confirmação de que os cidadãos que assinaram são efetivamente eleitores, é nessa fase que estamos", adiantou a candidata.
Partilhando um episódio caricato em que uma eleitora em Mértola lhe entregou diretamente um formulário de apoio no meio da rua, Ana Gomes disse que esta será "sem dúvida uma campanha atípica" fruto das circunstâncias da pandemia.
A ex-eurodeputada socialista confessou que mesmo num cenário de normalidade a sua campanha já não teria comícios ou arruadas e que não terá um único cartaz na rua, considerando-os "um sorvedouro de boa parte do financiamento dos partidos políticos", apostando nos debates 'online'.
"É diferente, naturalmente, mas também permite até atingir mais cidadãos e cidadãs do que normalmente até numa sala de uma qualquer coletividade ou instituição de cultura mesmo que pudesse estar cheia", apontou, acrescentando que é também uma forma de atrair jovens para a participação democrática.
Ana Gomes desafiou ainda os restantes candidatos às eleições presidenciais, mesmo os que contam com apoio partidário, a adotarem um sistema 'online' de contribuições financeiras de cidadãos semelhante ao da sua campanha, para "dar confiança aos cidadãos nas candidaturas e na política".
Na plataforma que criou para angariar fundos, a candidatura afirma aceitar donativos de cidadãos até cem euros.
"Não aceitamos sequer o que está previsto na lei, que é que as candidaturas possam ter financiamentos individuais até 26 mil euros, penso que isto é obsceno por isso determinámos um esquema completamente transparente que não foi fácil de montar mas que está ai online, em que aceitamos donativos apenas até ao máximo de 100 euros por pessoa", disse.
Na sua visita a Sintra, concelho onde foi candidata à Câmara Municipal e posteriormente vereadora pelo PS em 2009, Ana Gomes apontou que "os problemas de Sintra são um microcosmos dos problemas do país, e em particular do país com a diversidade das zonas urbanas e das zonas rurais".
A dois meses das eleições presidenciais, marcadas para 24 de janeiro, são oito os pré-candidatos ao cargo de Presidente da República atualmente ocupado por Marcelo Rebelo de Sousa, que ainda não anunciou se irá recandidatar-se.
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