Para André Ventura, já é demasiado tarde para Montenegro querer mudar a liderança do PSD, algo que o líder do Chega tentou em setembro.
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Rui Rio tornou-se líder do PSD em Janeiro. Nove meses depois, com a desfiliação de militantes históricos, como Martins da Cruz e Luís Artur Pereira, André Ventura lançou um movimento para destituir o novo líder do PSD, mas acabou por sair do partido com a pretensão de formar um partido próprio: o Chega. Após um ano de Rui Rio, a oposição interna do novo líder social-democrata - encabeçada por Luís Montenegro - decidiu avançar.
Para André Ventura, já é demasiado tarde para Montenegro querer mudar a liderança do PSD. "Luís Montenegro foi para mim, pessoalmente, uma desilusão. Quando várias pessoas, entre as quais eu próprio, conjugaram esforços para derrubar Rui Rio antes do final de 2018, Montenegro virou as costas e chegou mesmo a dizer que Rio tem direito a disputar eleições. E vem agora, a poucos meses das eleições europeias, pedir eleições no PSD? Isso não é ter espinha dorsal de líder", disse o ex-dirigente do PSD à SÁBADO.
Recorde-se que a iniciativa de André Ventura, de recolher assinaturas para um congresso extraordinário do PSD que levasse à destituição de Rui Rio, foi anunciado em Setembro, com o mote "Junta-te a nós. Pede um Congresso". Na sua carta de princípios, referia-se que "o PSD de Rui Rio tornou-se um híbrido, uma espécie de força política neutral, desligada dos grandes valores do centro-direita português e, por isso, onde fazer aproximações políticas ao PCP ou ao Bloco de Esquerda se tornou tão natural como defender o rigor orçamental, mais segurança ou melhor saúde para os portugueses".Na altura, a estrutura do PSD em Loures distanciou-se do movimento de Ventura dentro do PSD. Em comunicado, o PSD Loures asseverou que "não se revê nos motivos, nas razões e nos objectivos" e mostrou o seu apoio a Rio – "Manifestamos o nosso apoio e solidariedade à atual Comissão Política Nacional do PSD e ao seu Presidente eleito democraticamente." O advogado acabou por sair da autarquia e do partido, transformando o Chega num movimento com objetivo de se tornar um partido.
Se Montenegro tivesse agido mais cedo, Ventura teria saído do PSD para criar o partido Chega, que "deve nascer ainda este mês"? "Não sei o que teria acontecido. Não consigo especular sobre isso. Sei é que a direita e o país teriam ganho se aqueles que se deviam ter insurgido, o tivessem feito no tempo certo. Sobre o regresso ao PSD, o futuro a Deus pertence", disse o advogado e comentador da CMTV afeto ao Benfica.
André Ventura disposto a 'geringonça da direita'
Esta sexta-feira, durante o segundo dia da convenção Europa e Liberdade, o fundador da Aliança, Pedro Santana Lopes, disse que a solução para o país "voltar ao normal" passa por construir "uma grande aliança": uma coligação formada depois das legislativas, tendo por base os resultados que cada partido obtiver. À SÁBADO, Ventura considera que "qualquer político do espectro da direita democrática deve estar disponível e fazer concessões" contra uma maioria de esquerda.
"Qualquer político do espectro da direita democrática deve estar disponível e fazer concessões para evitar uma maioria socialista ou uma nova geringonça de esquerda que possa levar o país de novo para o abismo do endividamento e da crise financeira", frisou.
Para Ventura, "o PSD, o CDS, o Chega e a Aliança deveriam encetar todos os esforços possíveis para evitar um cenário de maioria socialista", que o fenómeno Montenegro estará a ajudar. "Há aqui um enorme e irresponsável masoquismo da direita. (...) Isso é querer dar a maioria absoluta de bandeja ao PS", disse. "A situação interna do PSD mostra uma realidade evidente : não está preparado para ser a alternativa na direita e no centro-direita que o país precisa", acrescentou.
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