"O que eu acho relevante no dia eleitoral, no dia 12, é que haja uma quebra do domínio autárquico, quer por PS, quer por PSD, e que o Chega consiga intrometer-se nesse domínio e assumir esse domínio", defendeu.
O presidente do Chega, André Ventura, considerou este sábado que o seu partido "vai ser sempre um dos vencedores" das eleições autárquicas e disse querer quebrar "o domínio" de PS e PSD.
"Eu acho que o Chega vai ser sempre um dos vencedores da noite eleitoral, [porque parte] de uma base diferente do ponto de vista autárquico", afirmou.
André Ventura falava aos jornalistas durante a visita à feira Patrimónios do Sul, em Beja, depois de ter brindado "à vitória no país e em Beja", com o candidato do partido à presidência desta câmara municipal, David Catita.
"O que eu acho relevante no dia eleitoral, no dia 12, é que haja uma quebra do domínio autárquico, quer por PS, quer por PSD, e que o Chega consiga intrometer-se nesse domínio e assumir esse domínio", defendeu.
O líder do Chega mostrou-se convicto de que o partido (atualmente sem presidências municipais) "vai ganhar muitas câmaras no sul do país, câmaras à volta de Lisboa, autarquias no norte do país, e isso é que vai fazer a diferença na noite eleitoral".
O dirigente acusou também o PSD de estar "igual ao PS" e, questionado se os resultados do seu partido poderão prejudicar os sociais-democratas e beneficiar os socialistas na noite das autárquicas, respondeu: "O PSD anda a prejudicar o país há 50 anos."
Questionado sobre a corrida eleitoral em Lisboa, Ventura considerou que o atual presidente da câmara e recandidato pela coligação PSD/CDS-PP/IL, Carlos Moedas, "está muito preocupado com o crescimento do Chega e com a hipótese de isso levar a que perca as eleições".
"Se o engenheiro Carlos Medas tivesse feito um bom trabalho no combate à imigração, na questão da habitação e dos transportes, e não tivesse sido o desastre que foi na questão do acidente do elevador da Glória, hoje não estávamos com este problema. Estamos porque foi um desastre. Ora, quando se é um desastre a governar, não se pode atirar a culpa para os outros", criticou.
O candidato do Chega à capital, Bruno Mascarenhas, sublinhou Ventura, "conhece os dossiês, conhece os problemas, e segundo as sondagens está com um bom resultado e vai ter um bom resultado em Lisboa".
"E, atenção, Lisboa - cidade - nem sequer é o nosso principal bastião do ponto de vista eleitoral", assinalou.
Já em declarações aos jornalistas no arranque da visita, André Ventura foi questionado sobre ter faltado a dezenas de reuniões da Assembleia Municipal de Moura, no distrito de Beja, onde foi eleito em 2021.
O líder do Chega não respondeu à questão, dizendo apenas que o partido saiu vencedor neste distrito nas últimas legislativas e vai "voltar a ganhar Beja", e criticou os jornalistas.
Ventura foi questionado igualmente sobre a intenção, anunciada de manhã, de expulsar pessoas com cadastro que estejam a morar em casas públicas e não especificou como isso seria feito. Sobre o que aconteceria às famílias, respondeu: "É-me indiferente a família do traficante de droga, é-me indiferente. Quem está a traficar droga não pode ter casas do Estado, ponto final."
O Chega vai questionar o Ministério das Infraestruturas e Habitação se "tem algum dado estatístico de quantos criminosos" vivem em casas públicas, para saber "se estes dados coincidem totalmente com a realidade".
Esta manhã, o dirigente apontou que "em mais de 65% dos municípios há casas entregues a cadastrados, traficantes de droga, criminosos e violentos", e à tarde indicou que foram dados recolhidos pelo partido.
Questionado também sobre os esclarecimentos do Governo em relação aos aviões norte-americanos com destino a Israel que fizeram escala nos Açores, considerou que "os portugueses estão zero preocupados" com essa questão.
André Ventura preferiu falar nas manifestações que pedem a libertação dos ativistas que estiveram na flotilha humanitária com destino a Gaza, acusando os manifestantes de bloquearem transportes públicos e o debate entre candidatos à Câmara de Lisboa. Criticou também a cobertura mediática do assunto, acusando os jornalistas de serem parciais.
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