Houve cerca de 50% de empresas portuguesas a produzirem componentes para a modernização destas carruagens.
O primeiro-ministro, António Costa, adiantou esta sexta-feira que a renovação das carruagens compradas a Espanha, que está a ser feita nas oficinas de Guifões, em Matosinhos, tem "95% de incorporação nacional".
"Em cada uma destas carruagens há 95% de incorporação nacional, 95% do que transformou aquilo que os espanhóis consideraram sucata nestas novas carruagens foi produzido em Portugal", disse o governante durante a apresentação das carruagens ARCO no Parque Oficinal de Guifões, em Matosinhos, no distrito do Porto.
No conjunto, acrescentou, houve cerca de 50% de empresas portuguesas a produzirem componentes para a modernização destas carruagens.
A Comboios de Portugal (CP), que reabriu a oficina de Guifões em janeiro de 2020, "tornou-se verdadeira locomotiva de um importante setor económico do nosso país", referiu o líder do executivo.
Encerradas em 2011, as oficinas de Guifões reabriram em janeiro de 2020 com o propósito de garantir a manutenção do material circulante que está ao serviço da CP, recuperação do que está parado e modernização de composições.
Desde então, revelou Costa, foram já intervencionadas 67 automotoras, locomotivas e carruagens.
O líder do Governo sustentou que os comboios são diferentes dos carros e que as composições não estão à venda em stands e, por isso, não basta querer comprar e ter o dinheiro para comprar.
A requalificação das carruagens ARCO vai permitir preencher o período de tempo que Portugal vai ter de aguardar pela entrega da "maior encomenda de material circulante que alguma vez a CP fez".
"Isto significa, ao contrário do que muitos dizem, que não estamos a governar para amanhã porque, de facto, a primeira composição só chega em 2026, ou seja, quase no final da próxima legislatura", afirmou.
O Governo aprovou um concurso para a aquisição de 117 novas automotoras elétricas pela CP, num valor de 819 milhões de euros, a "maior compra da história" da operadora, disse o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, a 15 de julho.
O concurso foi aprovado em Conselho de Ministros, sendo que o Governo espera que o primeiro comboio chegue em 2026 e que a totalidade das composições esteja em circulação em 2029.
Na cerimónia, onde marcou também presença o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, o primeiro-ministro manifestou ainda a esperança de Portugal voltar a produzir as suas composições e, talvez, exportar.
"Não podemos perder a esperança de termos a capacidade de voltarmos, nós próprios, a produzir as nossas composições. Vamos conseguir? Não sabemos, mas a nossa obrigação é tentar e fazer tudo para que seja possível", vincou.
Se Portugal aprender a fazer comboios quem sabe não poderia também começar a exportar, afiançou Costa, frisando que Portugal tem de produzir bens de maior valor acrescentando para conseguir maior competitividade.
"Se aprendermos a fazer comboios, forneceremos não só o país, o que seria importante porque pouparia muito material importado, mas quem sabe se não podemos também começar a exportar para outros países", reforçou.
Costa, que não falou aos jornalistas à margem do evento, disse que Portugal quer "dar músculo" à indústria ferroviária.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.