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António Filipe critica que poder político não reconheça valorização do trabalho

Candidato presidencial defendeu ainda que Portugal não pode ter uma economia assente em baixos salários.

14 de agosto de 2025 às 11:56

O candidato presidencial António Filipe defendeu esta quinta-feira que Portugal não pode ter uma economia assente em baixos salários e lamentou que o poder político não compreenda que a valorização do país passa pela valorização de quem trabalha.

"Não devemos continuar a ser um país com uma economia assente em baixos salários", afirmou o candidato presidencial apoiado pelo PCP, António Filipe, em Rio Maior, onde se solidarizou com os trabalhadores da empresa Nobre Alimentação, que cumprem a 23.ª greve dos últimos dois anos.

"Se queremos que o país ande para a frente, que a economia se desenvolva, é preciso que os trabalhadores sejam mais bem pagos no nosso país ", disse António Filipe à agência Lusa, lamentando não haver "um poder político identificado com os objetivos dos trabalhadores e que compreenda que a valorização do país passa pela valorização de quem trabalha".

Algo que "infelizmente, não está a acontecer hoje em dia", afirmou, em frente à empresa Nobre, em Rio Maior, no distrito de Santarém, onde assegurou ao piquete de greve que "enquanto houver trabalhadores a lutar pela sua valorização profissional" poderão contar com a sua presença.

Questionado sobre o anúncio da candidatura do antigo líder da Iniciativa Liberal e eurodeputado, João Cotrim de Figueiredo, a Presidente da República, António Filipe afirmou encarar a entrada de mais um candidato na corrida "com total tranquilidade".

Tanto mais que acredita que a sua candidatura "é distinta de todas as outras", tendo em conta a leitura que faz da Constituição Portuguesa: "uma Constituição progressista, uma Constituição avançada em matéria de direitos sociais fundamentais, inclusivamente, também, direitos dos trabalhadores".

O país, "precisa de um Presidente da República que esteja identificado com esses princípios e esses valores", acrescentou, considerando-se "o único dos candidatos apresentados" com "uma identificação total com aquilo que são os princípios fundamentais e com aquilo que são os valores de Abril consagrados na Constituição de 76, designadamente no magnífico acervo de direitos sociais fundamentais que a Constituição consagra".

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