Apoiado pelo PCP, afirmou que a sua candidatura tenciona "elevar o debate" económico nas eleições presidenciais.
O candidato presidencial António Filipe defendeu esta terça-feira que indicadores económicos positivos são uma "mera abstração" se não se traduzirem em melhorias das condições de vida, considerando que a economia não pode estar melhor se os portugueses estiverem pior.
António Filipe reuniu-se esta tarde, no jardim do Príncipe Real, em Lisboa, com os economistas Ricardo Cabral, Ana Costa e Paulo Coimbra, que lhe entregaram uma declaração de apoio à sua assinatura, assinada até ao momento por 37 economistas, na qual elogiam a sua "visão de futuro sobre os desafios concretos da economia portuguesa".
Em declarações à agência Lusa, António Filipe disse ver com satisfação o apoio destes economistas, numa altura em que, considerou, há uma "grande insatisfação" dos portugueses perante a forma como a economia nacional "tem respondido aos problemas das pessoas".
"Eles confrontam-se com uma economia assente em baixos salários, numa enorme precariedade laboral, com ameaças de alteração para pior da legislação laboral, e com teorias de que não há alternativa ao neoliberalismo que temos vindo a viver", afirmou.
António Filipe, apoiado pelo PCP, afirmou que a sua candidatura tenciona "elevar o debate" económico nas eleições presidenciais e contrariar essa visão, discutindo a "economia portuguesa no sentido daquilo que é necessário para responder aos problemas concretos das pessoas", em particular as que vivem "com maiores dificuldades".
Questionado se não partilha do otimismo do Governo e do Presidente da República quanto ao estado da economia portuguesa, no dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) indicou que a redução do rácio de dívida pública em 2024 foi superior ao esperado, António Filipe respondeu: "Eu não alinho na teoria, que não é nova, de que a economia portuguesa pode estar melhor e os portugueses estarem pior".
"Eu acho que a economia só está melhor se os portugueses estiverem melhor, e não estão", defendeu, salientando que há uma "acentuação da exploração dos trabalhadores", um aumento, "de forma por vezes obscena", dos lucros das grandes empresas e um investimento "muito aquém do necessário" nos serviços públicos.
"Pode haver indicadores macroeconómicos que podem evoluir num determinado sentido, relativamente à dívida pública, a valores da inflação, ao défice, mas se isso não se traduzir em melhoria das condições de vida dos cidadãos portugueses, acaba por fazer com que sejam uma mera abstração de que os portugueses nada beneficiam", afirmou.
Sobre a forma como tenciona elevar o debate sobre economia nas eleições presidenciais, António Filipe disse que, até ao momento, o tema quase ainda não foi abordado pelos candidatos, o que lamentou, tendo em conta "as responsabilidades que o Presidente da República tem na questão".
António Filipe disse que tenciona, em outubro, organizar uma iniciativa com os subscritores da declaração de apoio que lhe foi esta terça-feira entregue para "discutir o presente e o futuro da economia portuguesa", num "quadro europeu e mundial bastante complexo".
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