Uma investigação do 'New York Times' revela que a família já tinha pedido ajuda ao bilionário, que evita falar em Errol Musk.
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Elon Musk já mostrou ser muito chegado à mãe, Maye, mas raramente fala do pai, Errol Musk. Uma investigação do 'New York Times' revela agora que o afastamento entre os dois tem a ver com as acusações de abuso sexual infantil contra o progenitor. Por várias vezes, familiares pediram ajuda ao dono da Tesla e da rede social X. O escândalo manteve o magnata de 54 anos 'preso' à África do Sul, onde nasceu e onde o pai vive, mesmo tendo construído um império empresarial nos Estados Unidos.
As acusações contra Errol Musk envolvem cinco dos seus filhos e enteados, que o acusam de abuso sexual na África do Sul e na Califórnia, de acordo com registos policiais e judiciais, correspondência pessoal, assistentes sociais e entrevistas com elementos da família. A primeira acusação aconteceu em 1993, quando a enteada de Errol, Jana Bezuidenhout, então com apenas quatro anos, contou a familiares que ele a lhe tinha tocado na casa da família. Uma década depois, a jovem disse que o surpreendeu a cheirar as suas cuecas sujas. Alguns familiares também o acusaram de abusar de duas das suas filhas e de um enteado. E, em 2023, a família e uma assistente social tentaram intervir quando um dos seus filhos, então com cinco anos, disse que o pai lhe tinha apalpado as nádegas.
Foram abertas três investigações, de acordo com registos policiais e judiciais, bem como com familiares. Duas delas foram encerradas e não é claro o que aconteceu à terceira. Até hoje, Errol Musk, de 79 anos, não foi condenado por qualquer crime.
As alegações de abuso sexual causaram conflitos no seio da família Musk, com alguns elementos a recorrerem a Elon Musk, o filho mais velho de Errol, em busca de ajuda. Por volta de 2010, um deles escreveu uma carta de cinco páginas ao dono da Tesla sobre algumas das acusações, implorando a sua intervenção.
“Nós realmente precisamos do seu conselho, ajuda e orientação nessas questões porque vemos as crianças a sofrerem diariamente”, lê-se na carta a que o 'The Times' teve acesso.
Não ficou claro se Elon Musk leu a carta, apenas que a família recebeu uma mensagem de um dos seus assistentes. O bilionário também forneceu apoio financeiro à família adotiva e irmãos do terceiro casamento do pai. Numa das vezes, ele tentou mantê-los na Califórnia, longe de Errol Musk, mas nunca se envolveu nas investigações que decorriam na África do Sul.
Errol Musk, que tem pelo menos nove filhos e enteados e que foi casado com três mulheres, mantém um forte controlo sobre grande parte da família. Depois de alegadamente ter sido abusada quando tinha apenas quatro anos, Jana Bezuidenhout acabou por ter um filho dele cerca de 20 anos depois. Na altura, ela lutava contra o consumo de drogas, enquanto a mãe - que se casou com Errol duas vezes - enfrentava problemas de saúde mental.
Em entrevista ao 'The Sunday Times', em 2018, Errol Musk assumiu a paternidade da criança e disse que não considerava Jana sua enteada porque ela tinha sido "criada longe da família por longos períodos". "Éramos pessoas solitárias e perdidas", contou ele, acrescentando: "Uma coisa levou à outra, podemos chamar-lhe de plano de Deus ou plano da natureza."
"Ele deixou uma ferida enorme na nossa família", disse Elmie Smit, irmã da terceira mulher de Errol, na sua primeira entrevista oficial sobre as alegações.
Contactado, Errol Musk disse que "os relatos são falsos e absurdos ao extremo". Ele afirmou ainda que as acusações foram inventadas por pessoas que estavam "a induzir as crianças a dizerem coisas falsas" numa tentativa de lhe extorquir dinheiro.
Elon Musk e o seu advogado não responderam aos pedidos de comentário. Em 2017, o bilionário chorou numa entrevista à revista 'Rolling Stone' ao dizer que o pai era "um ser humano terrível". Numa biografia autorizada de 2023, escrita por Walter Isaacson, o magnata afirmou que não falava com ele.
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