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Morreu o socialista Jorge Coelho, vítima de um ataque fulminante

Amigo de António Guterres, ficou conhecido como o ‘homem da máquina’ socialista, e era agora empresário. Faleceu aos 66 anos.

08 de abril de 2021 às 01:30
“Tentou tirar-me a faca e espetou-a no peito”, disse Ana Costa sobre a morte do companheiro pela qual é acusada

O histórico dirigente socialista Jorge Coelho faleceu esta quarta-feira, aos 66 anos, na Figueira da Foz, vítima de ataque cardíaco. Figura marcante da vida política nacional, o antigo dirigente do PS foi ministro responsável por três pastas nos governos de António Guterres. Liderava o Equipamento Social quando ocorreu, a 4 de março de 2001, a tragédia de Entre-os-Rios. Assumiu-se responsável político pelo acidente e demitiu-se do cargo, um gesto que ainda hoje lhe é enaltecido.

A morte ocorreu quando visitava uma habitação de três andares, à venda na zona turística da Figueira da Foz, na rua do casino. Começou a sentir falta de ar e dor no peito. Foi uma senhora que o acompanhava quem fez o pedido de auxílio ao 112, perto das 16h00. Apesar das manobras de reanimação, não resistiu. O óbito foi declarada no local. Morreu no rés-do-chão. Pelas 20 horas, o seu corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal de Coimbra.

A combatividade política que era reconhecida a Jorge Coelho começou a ganhá-la ainda jovem estudante, em Coimbra, antes do 25 de Abril de 1974. No pós-revolução foi fundador e militante da União Democrática Popular. Viria a ingressar no PS, em 1982, após o que se ocuparia cargos governativos em Portugal e Macau, onde esteve entre 1989 e 1991.

Tornou-se politicamente próximo, e amigo, de Guterres, em cujos dois governos foi ministro. Conhecido como o ‘homem da máquina’ socialista, ficou célebre a frase dita no Parlamento: “Quem se mete com o PS leva.”

Afastado do combate político ativo desde novembro de 2006, dedicou-se à atividade de gestor de empresas, a sua área de formação. Foi presidente-executivo da construtora Mota-Engil. Em 2016, de regresso às origens, fundou a Queijaria Vale da Estrela, em Mangualde, para produzir o tradicional queijo da serra. Um projeto de vida “emocionalmente comprometido”, como disse, com o ofício do avô de Contenças, a sua aldeia natal.

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