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Trump classifica fentanil como "arma de destruição em massa" durante escalada de tensão devido ao tráfico de droga

Casa Branca diz que opioide está a ser utilizado por grupos terroristas.

16 de dezembro de 2025 às 10:45
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Trump assina decreto que classifica fentanil como “arma de destruição em massa”

AP

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva, na segunda-feira, que classifica o fentanil como uma "arma de destruição em massa", afirmando que o opioide é não só uma droga letal, como uma potencial arma química.

A ordem convida o Pentágono e o departamento de Justiça a tomarem medidas adicionais para combater a produção e a distribuição da droga, avança o jornal The Guardian. A classificação surge num contexto em que a administração Trump aumenta o uso de táticas militares para combater o tráfico de droga.

A Casa Branca garante que a estratégia "liberta todas as ferramentas para combater os cartéis e redes estrangeiras responsáveis por inundar as comunidades com esta substância mortífera", alertando que o fentanil pode ser instrumentalizado para "ataques terroristas concentrados e de larga escala" levados a cabo por adversários organizados. 

"O fentanil ilícito está mais próximo de uma arma química do que narcótica", diz a ordem de Trump.

Historicamente, uma arma de destruição em massa é definida como um "dispositivo radiológico, químico, biológico, entre outros, que tenha como objetivo prejudicar um grande número de pessoas", segundo o Departamento da Segurança Nacional.

A alegação do presidente de que o fentanil pode ser instrumentalizado levantou ceticismo por parte de especialistas em políticas de droga. "Nenhuma organização terrorista, nem militares estão a utilizar fentanil como uma arma", disse Jonathan Caulkins, professor da universidade americana Carnegie Mellon, que investiga drogas, crime, terrorismo e violência, à Stat News, citada pelo The Guardian. "Não é óbvio para mim que se trate de uma ameaça", acrescentou ainda.

A administração Trump já tinha passado a designar os cartéis de droga como organizações terroristas estrangeiras, de forma a justificar a intervenção militar contra os mesmos. Desde setembro, o governo norte-americano já realizou mais de 20 ataques contra barcos de droga nas Caraíbas e no Pacífico, matando mais de 80 pessoas.

Os especialistas militares disseram também que estes barcos normalmente transportam cocaína e não fentanil, que é principalmente enviado para a Europa, em vez dos EUA.

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