Mensagem de Trump indignou muitas figuras políticas, mesmo dentro do campo conservador.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atribuiu esta segunda-feira o assassinato de Rob Reiner, morto juntamente com a sua mulher na sua casa em Los Angeles, ao seu "fervoroso" anti-Trumpismo, numa mensagem que indignou políticos de ambos os partidos.
A morte de Rob Reiner, realizador de filmes como "When Harry Met Sally" ("Um amor inevitável"), deveu-se "à raiva que despertava nos outros" com a sua "neurose anti-Trump", salientou o chefe de Estado norte-americano na sua rede social Truth Social.
Longe de ter um hipotético motivo político, a polícia anunciou que Nick Reiner, filho do cineasta, que há muito luta contra uma dependência, é suspeito dos homicídios e foi detido.
"Era conhecido por enlouquecer as pessoas com a sua obsessão doentia pelo presidente Donald J. Trump", frisou o republicano, acusando a vítima de sofrer da "Síndrome de Loucura por Trump". Este termo foi popularizado pelos apoiantes de Donald Trump para descrever o que consideram ser uma hostilidade irracional em relação ao Presidente republicano, ao ponto de ser comparável a uma doença mental.
Donald Trump, que frequentemente transforma os acontecimentos atuais em algo pessoal, é conhecido por ser particularmente vingativo. A mensagem de Trump indignou muitas figuras políticas, mesmo dentro do campo conservador.
"A falta de empatia e compaixão demonstrada para com a família Reiner no seu momento de profunda dor e sofrimento é patética e reveladora", salientou David Axelrod, antigo conselheiro do presidente democrata Barack Obama e agora analista político da CNN, numa mensagem na rede social X.
"Não tem vergonha. Um completo idiota", apontou, por sua vez, o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer. O congressista republicano Thomas Massie, crítico frequente de Donald Trump, também condenou a reação do presidente. "Independentemente da sua opinião sobre Rob Reiner, estes são comentários inapropriados e desrespeitosos sobre um homem que acaba de ser brutalmente assassinado", salientou, no X.
A congressista Marjorie Taylor Greene, uma apoiante radical de Trump da extrema-direita que se distanciou do presidente nos últimos meses, também expressou as suas condolências às famílias do cineasta e da sua mulher.
"Esta é uma tragédia familiar, não uma questão de política ou de inimigos políticos", lembrou numa mensagem no X, acompanhada de uma imagem da publicação de Donald Trump. Don Bacon, um congressista republicano que não se recandidata em 2026, disse à CNN que esperava "ouvir algo assim de um bêbado num bar, não do Presidente dos Estados Unidos". Ainda assim, poucos líderes conservadores se atreveram a opor-se diretamente ao residente da Casa Branca.
"Imagino que os meus colegas republicanos eleitos, o vice-presidente e a equipa da Casa Branca simplesmente ignorarão [a mensagem] porque estão com medo? Desafio qualquer pessoa a defender" estas declarações, vincou Thomas Massie na sua publicação no X.
Alguns utilizadores elogiaram a publicação de Donald Trump no Truth Social, enquanto outros expressaram a sua deceção. Para alguns comentadores conservadores, o Presidente perdeu a oportunidade de permanecer em silêncio. Descrevendo a mensagem como "tão dececionante" e "tão desnecessária", o ex-jornalista desportivo Sage Steele, agora 'podcaster' conservador, afirmou que "são comentários como estes que minam as inúmeras coisas boas que Donald Trump está a fazer pela América".
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