O novo chefe de Estado-Maior da Força Aérea, general Taveira Martins, que ontem foi empossado no cargo, em substituição de Vaz Afonso, deu a entender que as preferências nacionais em matéria de avião de transporte vão para o C-130. O general adiantou também que o processo de aquisição deverá estar pronto dentro de um a dois anos.
Na prática corresponde a uma opção que há muito era falada, mas o facto de o chefe da Força Aérea surgir a prestar estas declarações publicamente poderá constituir um golpe final no chamado 'avião europeu', o Airbus A400. No entanto, a verdade é que a Força Aérea nunca viu com bons olhos o avião da Airbus, em particular pelas fortes ligações à fábrica norte-americana Lockheed Martin, o fabricante do C-130 J, o sucessor do actual C-130 H, o modelo que ainda equipa a FAP, no transporte táctico.
Com efeito, a Força Aérea tem visto como uma vantagem o continuar da ligação à Lockeed, tanto mais que também os aviões P-3 e F-16 são oriundos da mesma fábrica, o que representa vantagens logísticas na aquisição de sobressalentes.
Os partidários do A400, no entanto, têm apontado que a participação portuguesa no projecto do 'avião europeu' permitiria ao nosso país entrar com mais força no campo da indústria aeronáutica, de que a vizinha Espanha tem sido o melhor exemplo, com mais-valias no campo da transferência de tecnologia.
Questões financeiras poderão estar também por detrás daquela que parece ser a opção nacional com mais força, uma vez que a participação no projecto A400 implica maior participação no desenvolvimento da aeronave, que - é frequentemente apontado - nem chegou a protótipo.
No entanto, a frota dos C-130 H da FAP - com seis aeronaves - é das que melhores condições apresentam neste modelo de aviões. Daí que o anterior chefe da FAP, Vaz Afonso, tenha chegado a pronunciar-se a favor da solução da Boeing, que propunha a refitagem dos 'nossos' C-130 H, uma redução de custos que permitiria a Portugal a aquisição do Boeing C-17, esse sim mais próximo do avião estratégico.
UMA QUESTÃODE ESTRATÉGIA
A aviação de transporte é actualmente das áreas da aeronáutica militar com mais visibilidade e correspondente importância. Sem um inimigo tecnologicamemente à altura, para as forças aéreas da NATO, a questão não está tanto em garantir a superioridade aérea - inquestionável -, mas em fazer chegar a um ponto de crise o maior número de forças e no menor tempo possível. Em Portugal, essa missão - atribuída à Esquadra 501 - é também muito discutida, até pelas responsabilidades estratégicas nacionais que, de certa forma, e em termos de área continuam a ser do Minho a Timor e queremos corresponder de igual modo à UE e à NATO, uma questão que não foi solucionada pelo novo conceito estratégico.
OS 'NOSSOS'
A FAP opera seis aviões c-130 h, as aeronaves militares portuguesas com mais horas de voo. as missões têm sido em proveito da nato e da ONU, mas também das forças nacionais destacadas no exterior.
C-130 J
Este avião da lockheed é o sucessor natural da versão H. A nível NATO foi comprada pela Inglaterra e pela Itália, mas, por outro lado, não tem tido aceitação nos EUA, por questões técnicas.
A400
É o grande projecto de alguns estados da UE, mas que ainda está longe de ser o 'avião europeu' de transporte. Não chegou à fase de protótipo e a opção final alemã em relação ao avião vai ser decisiva.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.