Para Mortágua, também há "um problema transversal" em toda a função pública que é a "perda salarial ao longo dos anos e a estagnação das carreiras".
A coordenadora do BE defendeu esta sexta-feira que o Governo tem a responsabilidade de garantir a "igualdade e justiça" entre forças de segurança e que resolver a desigualdade criada "é a melhor forma de assegurar estabilidade e paz no país".
Mariana Mortágua esteve esta manhã num encontro com profissionais da cultura, em Lisboa, e foi questionada pelos jornalistas sobre o aviso deixado hoje por elementos das Forças Armadas de que poderá haver protestos na rua se o próximo Governo não der "atenção especial" a este setor.
"A principal responsabilidade é do Governo para garantir a estabilidade e a igualdade e a justiça entre todas as forças de segurança", considerou.
Na opinião da líder do BE, o executivo socialista "criou uma desigualdade entre forças de segurança" e "tem a responsabilidade de a resolver", até porque essa será "a melhor forma de assegurar a estabilidade e a paz no país".
"Era importante que o Governo resolvesse esta questão da desigualdade na atribuição de subsídios. É responsabilidade do governo fazê-lo e eu espero que o governo o faça. Essa é a melhor forma, é a de ser justo com as pessoas que constroem o país, que trabalham, que fazem o Estado e que fazem a democracia", enfatizou.
Segundo Mortágua, "há um problema transversal" em toda a função pública que é a "perda salarial ao longo dos anos e a estagnação das carreiras".
"E isso afeta as mais variadas funções do Estado e é importante que essas carreiras e que esses salários sejam revistos, porque temos de ter em conta que passamos um período muito grave de inflação, em que todos os salários perderam poder de compra e em que há uma crise da habitação que impede as pessoas poderem aceder à habitação", sublinhou.
É por isso que, para a líder do BE, "é importante que o Governo resolva estes problemas".
"Eu penso que o governo tem responsabilidade de garantir condições de estabilidade no país e condições de estabilidade significa respeitar quem trabalha e respeitar quem garante funções essenciais ao Estado, essenciais à democracia e se isto é verdade para professores, é verdade para enfermeiros, é verdade para membros das forças de segurança e, portanto, o que espero é que o Governo assuma as suas responsabilidades e que garanta a estabilidade, a ordem pública e a democracia", reiterou.
Sobre os vários protestos das forças de segurança, Mortágua reiterou que "as reivindicações devem ser ouvidas", mas referiu que a "razão salarial e a razão das reivindicações das forças de segurança deve ser mantida e fica em causa quando ameaça processos democráticos e ameaça condicionar o normal funcionamento do processo democrático".
As associações representativas dos oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas admitem protestos na rua se o próximo Governo atender às reivindicações das forças de segurança, mas não der "atenção especial" aos militares.
"Alertamos fortemente, mas mesmo fortemente, para o facto de, se depois das eleições, quando forem tratados -- e muito bem - os assuntos das forças e serviços de segurança, não houver uma atenção muito especial, eu diria em dobro, para as Forças Armadas (...) nós equacionamos todas as formas de luta, dentro da legalidade democrática, obviamente, inclusivamente vir para a rua", alertou o coronel António Mota, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).
Estes alertas, que já tinham sido avançados hoje pelo semanário Expresso, foram transmitidos pelo coronel em declarações à Lusa.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.