Partido diz que "parece óbvio" que o hospital "não pode continuar a depender apenas de projetos sem visão para o futuro".
O BE requereu esta quinta-feira a audição parlamentar urgente dos médicos demissionários do Centro Hospitalar de Setúbal, uma demissão em bloco de 87 profissionais devido à "situação de rutura" em que se encontra aquela unidade de saúde.
O diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, Nuno Fachada, afirmou, na quarta-feira, que o seu pedido de demissão e de mais 86 médicos é um "grito de revolta para a situação desesperante e de rutura em vários serviços" daquele hospital.
Esta quinta-feira, num requerimento enviado à Comissão Parlamentar de Saúde, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) requereu, "com caráter de urgência, a audição dos vários profissionais demissionários do Centro Hospital de Setúbal".
De acordo com o texto dos bloquistas, "na sequência da demissão do Diretor Clínico do Hospital de Setúbal, na passada semana, são agora 87 os profissionais que se demitiram, em bloco, motivados pela situação de rutura total em que se encontra a unidade e em solidariedade com o diretor clínico demissionário".
"Os profissionais são diretores de serviço e de unidades funcionais do hospital. Esta quase centena de demissões colocam em causa o funcionamento dos serviços de Obstetrícia, Ginecologia e de Oncologia, afetando, desta forma, o serviço à população", alerta o partido.
O BE apelidou de "remedeio" o anúncio feito pelo Governo na segunda-feira, e "em jeito de resposta à demissão do diretor clínico", de que "vai recrutar 10 médicos de diferentes especialidades para o Centro Hospitalar de Setúbal e lançar o concurso internacional para as obras de ampliação".
"Para o Bloco de Esquerda, parece óbvio que, apesar desta tentativa de remedeio do Governo, este Centro Hospitalar, não pode continuar à espera e a depender apenas de anúncios, projetos sem visão para o futuro ou financiamentos desprovidos de propostas concretas", criticou.
Para os bloquistas, é urgente "uma resposta efetiva aos graves problemas da instituição no seu todo", evitando assim, no futuro, demissões idênticas àquelas que são agora conhecidas,
"Há vários anos que o Bloco de Esquerda vem lembrando a urgente necessidade de investimento no Centro Hospitalar de Setúbal, quer ao nível do reforço de profissionais, quer ao nível da necessidade de intervenções urgentes do ponto de vista infraestrutural das unidades que o compõem", recorda.
Segundo o BE, dois dos problemas que têm dificultado o trabalho e desenvolvimento deste hospital são "o orçamento desajustado à diferenciação de cuidados e população servida e a necessidade absoluta de maiores e melhores instalações".
Em conferência de imprensa na quarta-feira, Nuno Fachada alertou para a "situação desesperante a que o Centro Hospitalar de Setúbal chegou, à rutura das urgências e em vários serviços primordiais do hospital".
"Estamos em rutura nos serviços de urgência, nos blocos operatórios, na oncologia, na maternidade, anestesia, etc.", acrescentou o diretor demissionário, garantindo que o Hospital de São Bernardo, tal como está, já "não consegue mais responder à sua população".
"É o momento de se cumprir o prometido. O Centro Hospitalar de Setúbal tem que ser reconvertido para o `grupo D´ dos hospitais, ou seja, deixar de ser financiado como um simples hospital distrital e passar a ser uma unidade multidisciplinar", disse, defendendo que "é preciso criar condições para que se acabe de vez com a fuga dos médicos e outros profissionais para o setor privado e para o estrangeiro, por falta de meios e condições de fixação [dos médicos]".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.