"Achamos que é bom orçamento", afirmou Gonçalo Reis (PSD), na apresentação da proposta, nos Paços do Concelho.
A liderança PSD/CDS-PP/IL na Câmara de Lisboa apresentou, esta terça-feira, um orçamento municipal de 1.345 milhões de euros para 2026, ligeiramente inferior aos 1.359 milhões previstos para este ano, considerando-o, segundo o vice-presidente da autarquia, "equilibrado, seguro e ponderado".
"Achamos que é bom orçamento", afirmou Gonçalo Reis (PSD), na apresentação da proposta, nos Paços do Concelho.
O responsável pelo pelouro das Finanças referiu que tanto a despesa como a receita previstas no próximo ano têm o valor, cada uma, de 1.345 milhões de euros (ME).
"É um orçamento equilibrado, seguro, ponderado e não é só no tema do equilíbrio entre receitas e despesas, é que nós cumprimos com tranquilidade todos os rácios, todas as regras de boa governança, todos os princípios da gestão prudente, sustentável, com muita tranquilidade", declarou o vice-presidente.
Gonçalo Reis disse que esta proposta de orçamento, apresentada três semanas depois da tomada de posse do atual executivo municipal, pretende assegurar o bom funcionamento da Câmara de Lisboa, no sentido de poder entrar em vigor "já em janeiro de 2026".
"Há grandes vantagens na previsibilidade", sustentou, realçando a opção da liderança PSD/CDS-PP/IL de apresentar o orçamento municipal o "mais rápido" possível, para que o município funcione "sem sobressaltos".
O responsável pelas Finanças destacou ainda a prioridade no investimento, em que se prevê um crescimento de 30%, de 313,7 ME em 2025 para 410,2 ME em 2026, enquanto as despesas correntes devem verificar um acréscimo de 7,5%, de 800,3 ME para 860,4 ME.
A proposta de orçamento para 2026 é "muito prudente" em termos de financiamento, com a redução de 55% do financiamento bancário, de 101 ME em 2025 para 45,5 ME em 2026.
"Somos até conservadores, somos contidos e vamos demonstrar isto: não há novos empréstimos, há estabilização do valor da dívida e muito abaixo da margem disponível, expôs.
Gonçalo Reis disse ainda que este orçamento aposta nas questões-chave para os lisboetas, colocando verbas e foco em iniciativas de elevado impacto, num conjunto de 15 medidas previstas nas Grandes Opções do Plano 2026-2030, nomeadamente um novo modelo de gestão da higiene urbana, plano de segurança, 13 novos equipamentos municipais, criação de novos bairros de habitação e parques verdes, metrobus Lisboa-Oeiras e novo elétrico 16 Lisboa-Loures.
Outras das medidas passam pela redução das taxas municipais e combate à burocracia excessiva, criação de 30 mil empregos com a Fábrica de Unicórnios, fim do licenciamento zero e reforço da fiscalização do comércio ilegal, programa Cultura na Rua com mais arte e espetáculos no espaço público, Baixa Pombalina Património Mundial da UNESCO e Lisboa Capital Europeia da Arte Contemporânea.
Sobre o ligeiro decréscimo entre o orçamento de 2025 e o previsto para 2026, Gonçalo Reis justificou com o facto de o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) estar a terminar, ressalvando que a verba estimada para o próximo ano representa um crescimento de 18% face ao montante total previsto executar este ano, de cerca de 81% dos 1.359 ME.
Quanto às receitas, em que se estima um total de 1.345 ME para 2026, do qual 576,7 ME em impostos diretos, o vice-presidente enalteceu a manutenção das taxas de impostos, com a devolução total do IRS aos lisboetas, 0,3% de IMI e 1,5% derrama.
Este é o primeiro orçamento municipal do atual mandato (2025-2029), proposto pela nova gestão PSD/CDS-PP/IL, sob presidência do reeleito Carlos Moedas (PSD), que continua a governar Lisboa sem maioria absoluta.
No anterior mandato (2021-2025), os quatro orçamentos da liderança PSD/CDS-PP (a IL não integrava o executivo municipal) foram aprovados devido à abstenção do PS, tendo a restante oposição - PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre) - votado contra.
No orçamento municipal para este ano de 2025, a câmara estimou uma despesa de 1.359 ME, ligeiramente superior aos 1.303 ME previstos para 2024.
Atualmente, o executivo, que é composto por 17 membros, integra oito eleitos da coligação PSD/CDS-PP/IL, que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta. Na oposição estão quatro vereadores do PS, dois do Chega, um do Livre, um do BE e um do PCP.
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