Inês Sousa Real estabeleceu como linhas vermelhas a execução das medidas aprovadas e o não financiamento de atividades poluentes.
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A candidata a porta-voz do PAN defendeu hoje que o Orçamento do Estado de 2022 deve ser "de viragem" e estabeleceu como linhas vermelhas a execução das medidas aprovadas e o não financiamento de atividades poluentes.
Falando aos jornalistas no VIII Congresso do Pessoas-Animais-Natureza, que decorre em Tomar, no distrito de Santarém, Inês Sousa Real considerou que o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2022) representa um "momento absolutamente crucial para o país".
"Este não é um orçamento qualquer, tem que representar a viragem que o país precisa para ser mais resiliente a embates como o que tivemos agora nesta crise sanitária, também um país mais sustentável e justo, seja do ponto de vista ambiental, seja do ponto de vista social, e também em matéria de combate à pobreza, recuperação de rendimentos, porque sabemos que o país está a atravessar uma situação muito difícil", defendeu.
Inês Sousa Real encabeça a única lista candidata à Comissão Política Nacional do PAN e a reunião magna vota e oficializa no domingo o sucessor de André Silva, porta-voz desde 2014.
Questionada sobre as linhas vermelhas que levará para a negociação com o Governo, Inês Sousa Real destacou "a execução das medidas" anteriormente aprovadas, salientando que "palavra dada é palavra honrada" e defendendo que "a força do parlamento tem de ser respeitada", pelo que "se existem medidas do OE2022 que foram aprovadas pela Assembleia da República, o Governo tem de as cumprir".
Apontando que "há matérias que não estão a ser executadas, não estão a ser cumpridas", a líder parlamentar do PAN indicou que "em breve" haverá "uma reunião para fazer o ponto de situação da execução dessas mesmas medidas".
"Não podemos continuar a financiar atividades altamente poluentes, atividades que têm depredado não só os ecossistemas, que permitem a exploração de pessoas, que permitem também continuar a financiar os interesses do costume, como a banca, e depois invocarmos a todo o tempo a lei-travão para não garantir apoios sociais a quem deles mais precisa", salientou também.
Para a candidata a líder do Pessoas-Animais-Natureza, "é evidente que este terá de ser um orçamento de viragem, adequado não só às preocupações do século XXI, como também aquilo que é o próprio Plano de Recuperação e Resiliência que tem de considerar por exemplo a preservação absolutamente urgente e fundamental dos ecossistemas e do meio natural".
Inês Sousa Real defendeu ainda que, como "este orçamento não é um orçamento qualquer", o documento "deve ser amplamente participado por todas as forças políticas".
E garantiu que "o PAN não se furtará a fazer esse debate e apresentar as suas propostas e soluções" para "a emergência de uma retoma séria, fortalecida naquilo que é tornar o país mais resiliente, mais sustentável", mas não vai deixar "para trás" as causas ambiental e da proteção animal.
Questionada se o partido está disponível para negociar com partidos de esquerda e de direita, a candidata a líder defendeu que "a negociação far-se-á sempre de acordo" com os interesses e o ideário do PAN e que "essa aproximação tem de existir também por parte dos outros partidos, seja um governo do PS, seja um governo do PSD", mas frisou que "o PAN não estará disponível jamais para negociar ou para dialogar com forças políticas antidemocráticas".
Inês Sousa Real considerou que "independentemente das marcas que têm pautado a governação" seja à esquerda ou à direita, as alternâncias de governância no país "não têm permitido fazer avançar Portugal naquilo que são matérias estruturais como os investimentos na saúde, na educação, na habitação".
"Há aqui de facto um traço comum aos diferentes sistemas de governação que já mostraram que não têm nada de novo a dar ao país nem efetivamente nessa dicotomia de esquerda nem de direita", acrescentou.
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